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De 9 de fevereiro a 8 de maio. 
No Átrio do Museu Etnográfico da Madeira. 
Com o objetivo de proporcionar uma maior rotatividade das coleções, o Museu Etnográfico da Madeira dá continuidade ao projeto denominado “Acesso às Coleções em Reserva”, sendo apresentada, semestralmente uma nova temática.
Prende-se com esta exposição, divulgar uma tradição ancestral, subjacente a um saber-fazer que faz parte do nosso património cultural material e imaterial e que representa a herança cultural de gerações passadas. 
Durante quase todo o séc.XX, o cultivo do trigo foi uma das maiores produções agrícolas e, numa época de escassos recursos, o aproveitamento da palha de trigo surgiu, quase naturalmente, para confecionar objetos utilitários e decorativos, atividade desenvolvida por alguns artesões locais. 
Neste semestre, o museu dá a conhecer o processo de produção de cestaria em palha de trigo. Esta tradição, fortemente enraizada na freguesia da Ponta do Pargo, manteve-se, no século XX, pelas mãos de dois artesãos locais, Felisbela Ezaura de Sousa, residente no sítio do Salão de Baixo e Manuel Gonçalves, mais conhecido por Manuel Gino, residente no sítio do Serrado. 
A palha de trigo, utilizada tradicionalmente, na nossa ilha para cobrir as casas, era aproveitada, nesta freguesia, como matéria-prima, para a confeção de cestaria, nomeadamente os chamados balaios, utilizados antigamente no transporte de água e alimentos e, ainda, para transportar o pão e o bacalhau, aquando das romarias aos arraiais do Loreto, Ponta Delgada e Monte. 
Utilizando as mesmas técnicas da cestaria em palha de trigo, os artesões também utilizavam hastes de São José, o nome popular atribuído à planta Watsonia borbonica (Pourr) Goldblatt.uma planta herbácea, bolbosa, muito abundante na freguesia da Ponta do Pargo.
Tendo esta arte se extinguido há mais de vinte anos, o Museu Etnográfico da Madeira, em parceria com a Casa do Povo da Ponta do Pargo, lançou o desafio a Madalena Andrade, para recuperar esta tradição. 
Esta artífice havia aprendido a confecionar este tipo de cestaria há mais de vinte anos, nos cursos orientados por Felisbela Ezaura de Sousa, que tiveram lugar na Casa do Povo, mas não lhe tinha dado continuidade.
Tendo aceite o desafio, a artesã recuperou esta tradição, pretendendo agora, transmitir o seu saber-fazer, de forma a perpetuar esta arte.

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