LogoCmadeira2020

LogoSRTC2020

PT EN
A partir de 17 de agosto estará patente ao público, no átrio do Museu Etnográfico da Madeira, uma nova exposição temporária.
Visite! Em Segurança. Sempre!
A entrada nas exposições temporárias é gratuita.
Esta exposição insere-se no projeto semestral "Acesso às Coleções em Reserva", que tem como objetivo permitir a rotatividade das peças do acervo do museu que não estão patentes ao público.
Este semestre, abordamos o tema da exploração dos recursos naturais da ilha, trazendo a público as profissões tradicionais relacionadas com a exploração da madeira, como os lenhadores ou os carvoeiros, os sistemas de serração ou os meios utilizados no seu transporte.
Desde o início da colonização, no século XV, que na floresta primitiva da Madeira se cortavam árvores, com fins diversos, nomeadamente para uso doméstico, para ampliar as áreas de habitação, cultivo, pastagem e zonas de pastoreio, para construir artefactos, para a construção civil e naval ou para fabricar carvão vegetal.
Enquanto os camponeses, nas zonas serranas, se limitavam a praticar uma economia de recoleta de galhos de árvores danificadas e abatidas pelas tempestades de Inverno, para uso doméstico, na cidade recorria-se ao trabalho dos madeireiros e lenhadores, para proceder ao corte das madeiras, para satisfazer as diferentes necessidades.
Até ao século XX, o sistema de serração de madeiras era feito pelo método braçal ou com o recurso às chamadas “serras de água”, muito comuns na ilha, devido à sua abundância em recursos hídricos.
Para satisfazer as necessidades do consumo de carvão, utilizado como combustível, recorria-se à atividade de homens dedicados à sua preparação, os chamados "carvoeiros".
Para proteger a floresta da grande procura deste recurso natural, as instituições governamentais e autárquicas tornaram mais rigoroso o controlo, emitindo legislação e exigindo requerimentos para o corte de árvores e fabrico de carvão, com pagamento de taxas e punição dos infratores e proibiram as queimadas desordenadas. Foi também proibido exportar madeiras, abater vegetação indígena e o gado foi retirado da serra, de modo a permitir a reflorestação.
No século XVIII, para repor e satisfazer as necessidades de consumo de lenha, foram plantadas árvores em grande escala, pelo que os espaços florestais da Região são, atualmente, compostos por floresta natural (floresta Laurissilva) e por floresta cultivada, sendo atualmente nesta última que se obtém madeira para lenha.

Devido à grande procura deste recurso, a floresta primitiva da costa sul desapareceu, sobrevivendo uma das maiores extensões de floresta primitiva da Europa, na encosta norte, especialmente a localizada em locais de difícil acesso e nos vales profundos do interior da ilha, sendo reconhecida, internacionalmente, como a que se encontra em melhor estado de conservação, estando atualmente classificada como Património Mundial Natural pela UNESCO.

expoexploracao n

 

Este sítio utiliza cookies para facilitar a navegação e obter estatísticas de utilização. Pode consultar a nossa Política de Privacidade aqui.