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Solar de São Cristóvão 3A iniciativa da Secretaria Regional de Turismo e Cultura continua a percorrer os espaços e museus sob sua tutela até junho de 2022. Coordenada e executada pelo musicólogo Vítor Sérgio Sardinha, apresenta para o mês de novembro nove sessões, tendo decorrido a primeira deste mês, no Museu Etnográfico da Madeira. Nesta terça-feira, será a vez do Solar de São Cristóvão em Machico, proporcionar aos visitantes, momentos musicais bem como atividades culturais relacionadas com o tema.Este projeto inclui diferentes sessões, com recital para os visitantes dos museus e espaços culturais, ateliês musicais para o 1º e 2º ciclos e dinamização cultural para o 3º ciclo, ensino secundário, Universidade Sénior, Casas do Povo e outros grupos interessados. 
Nestas atividades são aprofundados vários temas, dos quais se salienta: emigração madeirense para o Hawai, construção de instrumentos musicais, prática e géneros musicais insulares e contextos festivos da sua apresentação. 
O momento musical, protagonizado pelo músico e musicólogo Vítor Sardinha, percorre o repertório do Rajão, através do tempo (o período renascentista, barroco e clássico), a Música Tradicional Madeirense e o repertório do cancioneiro americano (do swing jazz à música de dança do séc. XX). 

Sobre o Rajão

Caso ímpar na música portuguesa, o Rajão reflete também uma vivência cultural, seja a nível da arquitetura do instrumento, da afinação ou da geografia da sua prática musical.

Instrumento construído, praticado e ensinado apenas na Ilha da Madeira destoa do todo nacional, dos seus cordofones de referência e por isso tem de ser analisado e estudado, buscando outras fontes e fundamentos.
Utilizando a afinação reentrante, comum ao Renascimento e Barroco, este cordofone de cinco cordas simples, é sem margem para dúvidas muito antigo, mais antigo do que os outros populares instrumentos de corda madeirenses.
Seria através da emigração da Madeira para as distantes ilhas do Havai, que a partir de 1879 se desenvolveu outra vertente do instrumento (mantendo a afinação reentrante), localmente conhecida como Ukulele. Nessa longa viagem de barco, que demorou quatro meses, os emigrantes da Madeira contratados para trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar, levaram consigo enquanto companheiros de viagem, os três cordofones tradicionais do arquipélago: Braguinha, Rajão e Viola de Arame. Dos músicos que embarcaram salienta-se um nome, João Fernandes e, dos mestres violeiros, registados em Portugal como marceneiros, Manuel Nunes,
Augusto Dias e José do Espírito Santo. Estes quatro madeirenses foram os responsáveis pela visibilidade dos cordofones da tradição musical madeirense naquelas terras, (ainda como protetorado americano e não Estado) em particular perante o último rei do Havai Rei Kalakaua e a princesa Liliuokalanie.
Todos os três mestres abriram oficina e loja de venda dos seus instrumentos, participando em serenatas no palácio real. O atual Ukulele do Havai, o seu instrumento nacional, possui enquanto afinação de cordas soltas a mesma utilizada pelo secular Rajão madeirense.
Para celebrar esta viagem musical, e os seus protagonistas, os mestres violeiros e os músicos executantes que tornaram possível esta partilha histórica, foi idealizado este programa musical específico.

Próximas sessões:

Dia 9 SOLAR DE SÃO CRISTÓVÃO
Dia 11 TORRE DO CAPITÃO
Dia 16 SOLAR DO APOSENTO
Dia 18 MUSEU ETNOGRÁFICO DA MADEIRA
Dia 23 TORRE DO CAPITÃO
Dia 25 SOLAR DE SÃO CRISTÓVÃO
Dia 30 MUSEU ETNOGRÁFICO DA MADEIRA

Contactos para mais informações e reservas:
Solar do Aposento 291 644 563
Solar de São Cristóvão 291 969 200
Museu Etnográfico da Madeira 29 1952 598
Torre do Capitão 291 641 378

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