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De 9 de abril a 8 de junho. 
Na Galeria Restock - Armazém do Mercado. 
Fotografia de Miguel Leitão Jardim. 

"LAvAmAr". 
Mostra constituida por uma série de 10 fotografas que abordam o tema das lacunas – representadas pelo vazio negro do basalto das rochas - que a vida numa pequena ilha traz a quem almeja o conhecimento, aquele que só se alcança com as viagens e o contacto com outras sociedades humanas. Assim sentiam algumas pessoas que nasceram na ilha, mas a quem a condição de ilhéu nunca foi sufciente. Pessoas como António Aragão, nascido em São Vicente, em 1921, que era um homem de criatividade rica, irrequieto, polémico, inconformado, por vezes excêntrico até, e que deixou a sua marca pessoal indelével por onde passou. Era difícil não dar por ele quando metia mãos à obra, quer fosse na investigação da história e da etnografa, quer quando esculpia, pintava ou escrevia. Pintor, escultor, historiador, investigador, escritor e poeta; como artista, participou em inúmeras actividades, projectos, intervenções, exposições, um pouco por todo o Mundo. A ilha não lhe chegava, mas a ela voltou. E preencheu muitas lacunas.

"Memoria"
O termo latino memoria signifca “aquele que se lembra”. Como tudo o mais, a memória não é perfeita. Um dado evento testemunhado por várias pessoas, terá tantas versões quantas as pessoas que o testemunharam. Porque tendemos a esquecer os detalhes e a reter apenas o que cada um considerou essencial da experiência. E cada um dá importância a coisas diferentes. A memória de longa duração é armazenada de forma esporádica: não sendo possível armazenar toda a informação, elementos como cor, som, cheiro, imagem, funcionam como elementos associativos que ocorrem ao espírito como resultado de experiências já vividas. Por estas razões, mostra-se este projecto com formatos diferentes. A série de 10 fotografas foi construída com locais habituais da minha infância e juventude, desde que nasci, em 1968 e até ao ano de 1986, quando fui estudar para Lisboa, tendo apenas em conta esses elementos associativos que perduram na memória – como a cor da cantaria vermelha, a calçada Portuguesa e outros – com todas as falhas pelo meio.

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