Um roteiro de verão que é também um passeio pelo Arquipélago da Madeira, um convite para conhecer lugares de cultura onde se encontram diferentes maneiras de ver e viver a Arte.
Começando no Funchal, passando pela Calheta, até ao Porto Santo apresentamos 17 diferentes sugestões de manifestações culturais: pintura, desenho, música sacra, fotografia, escultura, instalação e etnografia.
Propomos neste Roteiro um modo diferente de viver o verão, os tempos livres e as férias: pelos nossos museus, galerias, casas de cultura e centros cívicos e assim conhecer o que de melhor a Região Autónoma da Madeira tem para oferecer em termos culturais.
Aceite este convite.
“Museu de Arte Contemporânea: a fundação”
Museu Quinta das Cruzes
Patente ao público até 31 de outubro
Esta exposição marca o arranque das comemorações dos 30 anos da Fundação do Museu de Arte Contemporânea da Madeira.
A exposição evoca o espírito que norteou as exposições de arte moderna realizadas no Museu da Quinta das Cruzes durante a década de 60 do século XX.
Nesta mostra é apresentada uma seleção de obras de arte parte do Núcleo de Arte Contemporânea resultante das aquisições e prémios decorrentes da I e II Exposição de Arte Moderna e do Prémio Cidade do Funchal (1966-1967).
Terça a sábado das 10h às 12h30 e das 13h30 às 17h30
Calçada do Pico, 1 – Funchal
“As Voltas da Volta”
Exposição de fotografia
Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicente's
Patente ao público até 30 de setembro
“As Voltas da Volta” uma exposição de fotografia composta por 64 fotos dos Perestrellos Photographos.
O calor das estradas e dos motores das máquinas, os primórdios da febre automóvel, contada através de registos fotográficos da I Volta à Ilha da Madeira e de outras provas automobilísticas que a antecederam.
Terça a sábado das 10h às 17h
Rua da Carreira, 43 – Funchal
“A Matéria e o Espírito” de Sarah Frances Dias
Exposição de pintura e desenho
Quinta Magnólia – Centro Cultural
Patente ao público até dia 31 de janeiro de 2023
Esta exposição é constituída por 30 desenhos em formato A4 e A3 a grafite sobre papel francês, telas de grandes e pequenas dimensões todas executadas a óleo sobre tela.
Nesta exposição a artista pretende que cada obra recrie um momento em que o espírito tivesse mais presente, em que este se sobrepôs à matéria de alguma forma. Momentos fugazes, fragmentos retirados no tempo ou roubados de sonhos, instantes irrepetíveis que de algum modo, captassem estas pontes com a vida, com a essência indizível que sustenta a matéria.
Falar de matéria e espírito, é falar sobre as duas forças que compõem e movem o universo; matéria, o corpo (a densidade do sangue) e espírito a energia e o fator animador (a força da vida, ou a alma, dependendo da palavra que preferirmos).
Segunda a sábado, das 10h às 12h30 e das 13h30 às 17h
Rua Dr. Pita, 10 - Funchal
“Travessia” de Guilherme Parente
Exposição de pintura
Quinta Magnólia – Centro Cultural
Patente ao público até dia 31 de janeiro de 2023
“Na pintura de Guilherme Parente há barcos e casas, árvores e pássaros, nuvens e rios – e porque não? As coisas encontram-se neles como se emergissem dum magma de cores esmagadas ou delicadamente postos na tela, como se involuntariamente nascessem, por efeito do acaso, numa espécie de geração espontânea. Lentamente, do gesto do pintor que se advinha, vê-se sair um objecto, mesmo um personagem que toma traços e cores e se põe a existir ou a andar, plumas ou vapores que o vento da imaginação leva pelos ares... Guilherme Parente nasceu em Lisboa, em 1940. No início dos anos 60 estuda pintura com Roberto de Araújo na Sociedade Nacional de Belas Artes, e frequentou os cursos de gravura da Sociedade Cooperativa dos Gravadores Portugueses. Entre 1968 e 1970 frequenta a Slade School, em Londres, como Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. É galardoado com o prémio Malhoa em 1975 e com o prémio de pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes em 1989. Está representado no Ministério da Cultura, na Fundação Nacional Soares dos Reis, no Museu Nacional de Arte Contemporânea, na Fundação Calouste Gulbenkian e no Museu Machado de Castro”.
Segunda a sábado, das 10h às 12h30 e das 13h30 às 17h
Rua Dr. Pita, 10 - Funchal
“João Pestana - Fragmentos” de João Pestana
Exposição de fotografia
Torre do Capitão-Núcleo Histórico e Museológico de Santo Amaro
Patente ao público até dia 31 de agosto
Uma exposição que dá a conhecer o trabalho do conhecido fotógrafo madeirense, João Pestana, falecido a 15 de dezembro de 2017.
São cerca de quatro dezenas de imagens, todas a preto e branco, que João Pestana captou com a sua objetiva sobretudo na segunda metade do século XX. As fotografias desta mostra revelam cenas do quotidiano madeirense, com destaque para algumas atividades económicas, tais como a pesca, mas também de algumas vivências e momentos, de pessoas em vários contextos sociais.
Segunda a sexta, das 10h às 12h30 e das 14h às 17h
Caminho de Santo Amaro – Funchal
“Tetrápoda – origem e evolução” de Ricardo Barbeito
Museu de História Natural do Funchal
Patente ao público até dia 29 de outubro
Em “Tetrapoda: Origem e Evolução”, Ricardo Barbeito propõe através de um ensaio visual em contexto site-specific, um exercício de reflexão crítica, especulativa que tem como ponto de partida a aluvião de 20 de fevereiro de 2010.
Terça a sábado, das 10h às 18h
Rua da Mouraria, 1 – Funchal
“Cartas do Funchal” de Alice Sousa
Exposição e instalação
Museu Henrique e Francisco Franco
Patente ao público até dia 16 de setembro
“Cartas do Funchal” institui vizinhança e diálogos com as obras de Henrique e Francisco Franco com a amostragem de peças de Alice Sousa, que se autonomizam na sala de exposições temporárias e se diluem em subtis relações com a linha expositiva do Museu.
Esta é uma exposição temporária, que tem como objetivo ecoar o tempo e a memória, com a presença das cartas não enviadas, as cartas não recebidas e as cartas em circulação continua entre destinatários e recetores.
Segunda a sexta, das 09h às 17h30
Rua João de Deus, 13 - Funchal
“Harmonium”
Música Sacra, desenho e pintura de Eduardo de Freitas
Museu de Arte Sacra do Funchal
Patente ao público até dia 18 de outubro
Com vista a celebrar o aniversário do MASF, aberto a 1 de junho de 1955, o Museu propõe um diálogo alargado entre o universo da Música e as Artes Visuais através de uma nova exposição temporária.
Inspirada no livro/inventário, Cem Anos de Música Sacra na Madeira, de Arnaldo Rufino da Silva, que contou com a interpretação de Eduardo de Freitas na ilustração dos principais temas da liturgia e da devoção, então recolhidos, esta mostra dá a conhecer o trabalho recente do Museu ao nível da inventariação de um instrumento musical em esquecimento na Diocese do Funchal, o harmónio, ao mesmo tempo que propõe uma nova leitura do trabalho de Eduardo de Freitas no quadro da relação com o universo do sagrado e do religioso.
Segunda a sexta, das 10h às 17h30 | Sábado, das 10h às 13h30
Rua do Bispo, 21 – Funchal
“No Feminino: navetas, agulhas e afins”
Exposição etnográfica
Museu Etnográfico da Madeira
Patente ao público até 12 de novembro
Em todas as sociedades humanas existem ritos de passagem, alguns dos quais produzem mudanças significativas na vida familiar, nomeadamente o batismo, o casamento e a morte, comemorados, geralmente, com cerimónias especiais.
Apesar do crescente número de uniões livres, que pressupõem uma relação íntima de coabitação, o casamento é um vínculo conjugal, que se forma com o reconhecimento e bênção da Igreja (casamento religioso) e/ou do Estado (casamento civil).
Num passado recente, além do aspeto físico e da personalidade dos indivíduos, o património familiar, a idade, a reputação e os dotes domésticos eram fatores determinantes para um futuro casamento.
Durante o noivado, o rapaz trabalhava para construir ou adquirir a casa, na qual habitariam, a noiva bordava o enxoval e o pai da noiva era responsável pelo dote da filha.
Terça a sexta, das 9h30 às 17h | Sábado, das 10h às 12h30 e das 13h30 17h30
Rua de São Francisco, 24 – Ribeira Brava
“Comércio e indústrias tradicionais: o legado comercial de Francisco António dos Reis”
Museu Etnográfico da Madeira
Patente ao público até 3 de dezembro
Neste semestre, damos a conhecer o legado comercial e industrial de Francisco António dos Reis, natural da Ribeira Brava o qual, durante o século XX, destacou-se em várias áreas de negócio, tornando-se uma figura ilustre deste concelho.
Com a sua visão estratégica e sentido de oportunidade, este comerciante soube aproveitar as potencialidades da centralidade geográfica do concelho, enquanto ponto de passagem obrigatório para as pessoas que rumavam ao Funchal, vindos dos concelhos a Norte (São Vicente e Porto Moniz) e a Oeste (Calheta e Ponta do Sol) e enquanto cais de embarque dos barcos de cabotagem.
O seu espírito inovador e empreendedor, tornou-o pioneiro, com a criação, em 1936, da primeira fábrica de telhas e, mais tarde, uma fábrica de refrigerantes, negócios que serviram de âncora para o seu primeiro grande investimento, o edifício Miramar.
Terça a sexta, das 9h30 às 17h | Sábado, das 10h às 12h30 e das 13h30 17h30
Rua de São Francisco, 24 – Ribeira Brava
“Formas Encontradas” de Sandra Baía e "(Un) disclosed" de Julião Sarmento
MUDAS.Museu de Arte Contemporânea da Madeira
Patente ao público até 31 de agosto
As mostras intituladas "Formas Encontradas" de Sandra Baia com a curadoria de David Barro e "(Un)disclosed" de Julião Sarmento com a curadoria de Benjamin Weil começaram a ser preparadas em 2019. Este projeto conjunto constitui uma das últimas exposições preparadas em vida por Julião Sarmento e a primeira a ser apresentada ao público após o seu falecimento em 2019.
As duas mostras, embora simultâneas, mostram duas perspetivas muito distintas sobre a obra e o percurso de dois grandes artistas nacionais, que neste projeto, juntam o melhor que os aproxima e simultaneamente os separa do ponto de vista estético.
Terça a sábado, das 09h30 às 13h e das 14h às 17h30
Estrada Simão Gonçalves da Câmara, 37 - Calheta
“Tetrápoda – origem e evolução” de Ricardo Barbeito
MUDAS.Museu de Arte Contemporânea do Funchal
Patente ao público até 29 de outubro
Em “Tetrapoda: Origem e Evolução”, Ricardo Barbeito propõe através de um ensaio visual em contexto site-specific, um exercício de reflexão crítica, especulativa que tem como ponto de partida a aluvião de 20 de fevereiro de 2010.
Terça a sábado, das 09h30 às 13h e das 14h às 17h30
Estrada Simão Gonçalves da Câmara, 37 - Calheta
"Festas e Romarias da Madeira" e "O fogo preso"
Centro Cívico do Porto da Cruz
Patente ao público até dia 4 de setembro
Estas exposições inserem-se num projeto de itinerância que o Museu Etnográfico da Madeira (MEM) desenvolve há muitos anos e enquadram-se no projeto de divulgação "O Museu vai à Rua".
O museu prepara, anualmente, várias exposições, com um formato que permite a sua itinerância, sobre diferentes temáticas do nosso Património Cultural Material e Imaterial, apresentando-as ao público, em diferentes instituições, procurando descentralizar a divulgação cultural, fazendo chegar os nossos projetos aos diferentes concelhos da Região.
Segunda a sexta, das 10h às 17h
Sítio das Casas Próximas – Porto da Cruz
“Olhei – E Finalmente Vi” de Georgina Abreu
Exposição de fotografia
Casa da Cultura de Santa Cruz - Quinta do Revoredo
Patente ao público até dia 10 de setembro
A exposição foi integrada nas Festas do Concelho de Santa Cruz.
A artista explica que no livro 1Q84”, Haruki Murakami escreveu “onde há sombra deve haver luz” Não há sombra sem luz e não há luz sem sombra…”. Esta dualidade é o que torna a vida um mar de desafios e contentamento, um tanto inesperada e intrigante.
Entre momentos de intimidade e ternura, a artista explora a importância da quietude como forma de admirar o momento presente, assim como a profundidade dos conceitos de luz e sombra como metáfora da nossa experiência nesta vida.
Segunda a sexta, das 9h às 17h | Sábado, das 14h às 17h
Rua Bela de São José – Santa Cruz
“Quebranto” de Emanuel de Sousa
Exposição de pintura
Sala de Exposições da Assembleia Municipal do Porto Santo
Patente ao público até dia 30 de setembro
A exposição foi integrada no programa de comemorações dos 30 anos do Museu de Arte Contemporânea da Madeira.
“Quebranto” resultou de uma residência artística decorrida entre outubro e novembro de 2021, no Museu de Arte Contemporânea da Madeira e que teve o seu corolário com a mostra “Quebranto” apresentada pela primeira vez na galeria do MUDAS.Museu, seguindo em itinerância ao Porto Santo, terra natal de Emanuel de Sousa.
Segunda a sexta, das 9h às 12h30 e das 14h às 16h30
Rua Manuel Gregório Pestana, 1 – Porto Santo
