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O Festival de Órgão da Madeira termina hoje com um concerto no Convento de Santa Clara (Funchal). 
A 11.ª edição do evento organizado pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura, e com direção de artística de João Vaz, incluiu um total de 11 concertos desde o dia 14 de outubro, terminando este domingo, com um concerto intitulado “Funchal em Londres – António Pereira da Costa” o concerto contará com o organista Jorge López Escribano, e com a atuação do Ensemble Bonne Corde sob a direção de Diana Vinagre.
 

“Continuando o projecto iniciado na última edição do Festival de Órgão da Madeira (2019), o Ensemble Bonne Corde apresenta os concerti grossi de António Pereira da Costa (Mestre de Capela da Sé do Funchal em meados do século XVIII), fazendo uso de cópias de instrumentos antigos e do órgão histórico do Convento de Santa Clara no Funchal. As obras de Pereira da Costa são apresentadas a par de obras de outros compositores que, tal como os concerti do músico madeirense, foram publicadas ou difundidas em Londres ao longo do século XVIII”, escreve-se sobre este concerto.

Após a sua formação nos Conservatórios de Madrid, Haia e Amsterdão, o cravista e organista espanhol Jorge López-Escribano colabora em toda a Europa como continuista com numerosos conjuntos e orquestras especializadas em interpretação histórica como Vox Luminis, Early Music, Les Musiciens du Louvre, La Grande Chapelle, Opera2day, Sfera Armoniosa, Rotterdams Barok Ensemble, La Capilla Real de Madrid, La Folía, Hippocampus, Academia de Música Antigua de Santander, Vigo 430, La Spagna, Orquesta Barroca de la Universidad de Salamanca, Stavanger Baroque Ensemble, Norwegian Baroque Orquestra e Württembergisches Kammerorchester. Trabalha com diretores como Ton Koopman, Bruno Cocset, Jean-Christoph Spinosi, Ryo Terakado, Eric van Nevel, Peter van Heyghen, Christina Pluhar e Charles Toet em festivais como Oude Muziek Festival Utrecht, Reincken Festival (Holanda), Festival Abbaye de Royaumont, Festival Sablé (França); Festival van Vlaanderen (Bélgica), Internationale Händel Festpiele Göttingen (Alemanha), Boston Early Music Festival (EUA), entre outros. É o fundador dos agrupamentos Sopra il Basso e L'Aura Rilucente, selecionados como artistas residentes no Centro Cultural de Ambronay (França) e no Centro de Música Antiga de Riga (Letónia). Sopra il Basso é um conjunto de baixo contínuo, dedicado especialmente ao acompanhamento do repertório sacro italiano e alemão dos séculos XVI e XVII. É professor de cravo e baixo contínuo no Conservatório Profissional de Música «Jesús de Monasterio» em Santander (Cantábria

Elizabeth Wallfisch, Alfredo Bernardini, Rinaldo Alessandrini, Frans Bruggen, Lars Ulrik Mortensen, Alexis Kossenko, Chiara Banchini. Em 2007 foi selecionada para integrar a Orquestra Barroca da União Europeia tendo-se apresentado como solista em várias ocasiões. Realizou várias gravações com Divino Sospiro, Sete Lágrimas, Wallfisch Band, Orquestra Barroca da União Europeia, Forma Antiqua. Além da sua atividade em vários países europeus, é o primeiro violoncelo da Orquestra Barroca Divino Sospiro. Em 2009 funda o Ensemble Bonne Corde que se especializa em repertório do século XVIII, tenho o violoncelo como ponto de partida.
Recorde-se que o programa da 11.ª edição do Festival de Órgão da Madeira iniciou-se a 14 de outubro e incluiu um total de 11 concertos em 8 igrejas dos concelhos do Funchal, Machico e Ponta do Sol, nomeadamente na Igreja de São João Evangelista (Colégio), Sé, Igreja do Recolhimento do Bom Jesus, Igreja de São Pedro, Convento de 
anta Clara e Igreja de São Martinho no Funchal, Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Machico) e Igreja de Nossa Senhora da Luz (Ponta do Sol).
Os concertos estiveram, uma vez mais, a cargo de artistas conceituados ao nível nacional e internacional, como é o caso de François Espinasse, João Vaz, André Ferreira, Ensemble Ars Lusitana e Isaac Alonso de Molina, Ministriles de Marsias e Javier Artigas, Ville Urponen, Victor Baena, Kalyna Stensenko e o Coro de Câmara da Madeira com direção de Zélia Gomes, Elisabeth Joyé e o Ensemble Madrigalesca, e ainda, no concerto de encerramento, Jorge López Escribiano com o Ensemble Bonne Corde sob direção de Diana Vinagre.
 
Sobre o órgão da Igreja e Convento de Santa Clara.
A Igreja de Santa Clara tinha adquirido um órgão de tubos em forma de armário com características italo-ibéricas do século XVIII. Com a extinção das Ordens Religiosas e consequente venda dos bens da congregação, também o órgão foi posto em hasta pública, sendo arrematado pelo Dr. Romano de Santa Clara, que o conservou numa dependência do extinto convento. Em 1921 ofereceu-o à confraria de Santa Clara, a fim de ser novamente posto ao serviço religioso daquele templo. Foram então encarregados de proceder à sua “reparação”, em outubro de 1923, os músicos César R. Nascimento e Guilherme H. Lino que a terminaram em novembro do ano seguinte.
Achando-se durante vários anos silenciado e muito estragado, em 1996, este instrumento, de notável valor histórico, foi então sujeito a uma intervenção profunda e com critérios baseados em factos ligados à arte da organaria da época que identifica o instrumento, desta vez por parte de Dinarte Machado, tendo ficado concluída em 2001. O estado em que se encontrava, considerado completamente desconfigurado, exigiu um profundo e rigoroso estudo para se chegar às conclusões que definiram o restauro atual. Neste âmbito, foi um trabalho revestido de grande critério e exigência imposto desde o início por Dinarte Machado.
 
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