De 4 a 6 de dezembro.
Na Universidade da Madeira, Colégio dos Jesuítas, Funchal.
A conferência pretende abordar as formas através das quais a fotografia tem sido utilizada para mapear e representar territórios, e para documentar percursos, migrações e deslocamentos entre diferentes locais. Além de designar territórios espacialmente definidos, a noção de “lugar” tem sido associada a sentidos metafóricos e metonímicos, a dimensões históricas, identitárias e relacionais, que se substituem ou, pelo menos, sobrepõem a essa dimensão geográfica mais essencial. Acrescente-se que essa superação de uma circunscrição, mais propriamente territorial, está implícita nos estudos que relacionam a representação fotográfica com a imaginação geográfica, onde a fotografia surge como meio particularmente apto à definição de uma espacialidade. Nesse sentido, vislumbra-se a partir da própria revolução digital do século XXI, onde a fotografia se inscreve como prática plural e técnica híbrida, a reconfiguração deste conceito e de outros na sua proximidade, tais como: o de lugares de memória (Pierre Nora), o de não-lugar (MarcAugé), ou de heterotopia (Michel Foucault). Ao mesmo tempo, destaca-se o papel da fotografia em práticas artísticas em diferentes áreas disciplinares, que privilegiam as ideias de deambulação, deriva e acaso, nomeadamente, através do acto de caminhar, quer como objecto, quer como metodologia ou processo de trabalho para diferentes autores.
Conferência aberta ao público, de entrada livre.
