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raizes portalO Festival Raízes, que vai já na sua 21ª Edição e é um marco no panorama musical do Arquipélago da Madeira, apresenta este ano um leque de vozes que nos levarão para o mundo Atlântico, coroado por um Oceano, outrora tenebroso mas que e por empenho dos navegadores lusos, acabou por se tornar num espaço de fraterna comunhão.

É exactamente este propósito de união entre povos irmãos, entre sons, que apesar de variados, perfilham uma identidade comum – a cultura Atlântica – que esteve na base da programação que hoje foi apresentada.

A abertura acontece no dia 23 de junho com os D’Repente, um grupo madeirense criado em 2016 que tendo por base os cordofones madeirenses resolveu ir mais longe, proporcionando arranjos diversos e englobando géneros como o Funk, a Morna, o Samba; Hip-hop, blues, entre outros.

Ainda neste dia, teremos os Ayom - “Senhor da Música” na mitologia afro brasileira - uma banda multicultural, liderada pela vocalista brasileira Jabu Morales e que se formou entre Lisboa e Barcelona para criar música com a sonoridade do Atlântico tropical, negro e mestiço, onde, entre outros, faz vibrar ritmos como o carimbó, cumbia, baião, semba, coladeira, funaná, ijexá e guaguance, misturando assim, tradições centenárias com a linguagem rítmica das culturas lusófonas, levando-nos para uma viagem através da musicalidade profunda, provocativa e dançante, onde coexistem tradição e contaminação, masculino e feminino, poesia e energia, alegria e engajamento.

No dia 24 de junho, o festival abre com Pedro Marques e a Voz da Guitarra Portuguesa, que acompanhado por Emanuel Faria na Viola de Fado, Ricardo Dias no Baixo, Francisco Coelho na Bateria e László Szepesi no Violoncelo, um grupo formado de raiz para este festival, nos brindará com sonoridades portuguesas, trazendo para este palco insular uma narrativa mais continental, mais Lisboeta.

Em seguida, e mudando para um cenário mais tropical, teremos uma das vozes mais jovens do panorama artístico de Cabo Verde – Miroca Paris, cantor, percursionista e baterista virtuoso cuja proposta é “dar a conhecer os sons em criolo e não só” e sobretudo ajudar a valorizar uma herança familiar (cresceu numa família de músicos) mas acima de tudo um legado único e de grande prestígio.

No último dia, o festival começa com a participação dos Mano a Mano, um duo que dispensa já apresentações, formados pelos irmãos André e Bruno Santos, dois guitarristas com um vasto percurso musical, maioritariamente no estilo jazz, onde são considerados dois dos mais importantes músicos a nível nacional e que propõem um repertório baseado em originais escritos ou adaptados especificamente para o duo, e arranjos de canções de autores como Tom Jobim, Chico Buarque, Max, Jim Hall, Irving Berlin ou Thelonious Monk, que os manos foram descobrindo e partilhando ao longo dos anos.

E para terminar esta edição do Festival Raízes será apresentada Alcione – a majestade do Samba, um nome emblemático da música brasileira, artista singular e com um percurso notável, autêntica no seu modo de estar e de cantar, amada por plateias de todos os quadrantes, faixas etárias, classes sociais e intelectuais cujo repertório eclético e desvirtuado de preconceitos a aproxima de forma inegável com as camadas populares, tornando-a uma das mais conceituadas vozes do Brasil. 

Na apresentação do programa, o Secretário Regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, realçou a realização de seis concertos em três dias, na Praça do Povo, no Funchal, "depois de dois anos de calma forçada" devido à pandemia de covid-19.

O governante destacou as estreias da banda Ayom e do artista cabo-verdiano Miroca Paris, apontando também que o Raízes do Atlântico 2022 conta com uma "presença regional afirmada".

"Queremos, acima de tudo, juntar à tradição alguma modernidade, uma multiculturalidade e assumimos claramente como sendo um festival de sons do Atlântico", afirmou.

O Festival Raízes do Atlântico 2022, organizado pela secretaria regional do Turismo e Cultura, representa um investimento de 240.000 euros e é de entrada livre.

 

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