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A cultura do milho foi muito mais recente que a dos outros cereais. Devido à falta de água, só a partir da segunda metade do século XIX, é que o milho começa a desempenhar um papel de crescente relevo na paisagem agrária do arquipélago.
Introduzido, nessa altura, em grande escala, no concelho de Santana, por agricultores mandados vir dos Açores, o milho foi cultivado sobretudo na encosta Norte, onde abundava a água, tendo-se ali difundido em larga escala e adquirido um lugar preponderante na dieta alimentar rural.
A colheita do milho é feita quando se dá a floração. As maçarocas são colhidas, ficando os pés com as folhas, no terreno. A palha, ou seja, as brácteas (espécie de folhas) que envolvem as maçarocas, também designadas popularmente por “camisas”, eram aproveitadas, apenas, na alimentação do gado ou para enchimento dos colchões.
Não possuindo o artesanato em palha de milho, tradição no nosso arquipélago, Conceição Ornelas, residente no sítio do Pinheiro, concelho de Santana, frequentou, nos anos 80 do século passado, uma formação profissional em arranjos florais, na qual aprendeu a confecionar figurado com a palha do milho e decidiu dedicar-se a este ofício, comercializando os seus bonecos naquela freguesia.
Concebia pequenas figuras tradicionais, inspiradas nos trajes populares e nas profissões tradicionais, tendo-se dedicado também à conceção de presépios.

As Coleções do Museu Etnográfico da Madeira

Artesanato

Créditos: Museu Etnográfico da Madeira

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