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Gaëtan Lampo Martins de Oliveira nasceu em Luanda em 1944, chega à Portugal aos seis anos, fazendo toda a sua vida de adulto no nosso país. A sua obra desenvolve-se essencialmente na área do desenho, sendo que a partir de 1981 Gaëtan centra-se na auto-representação que irá tratar de modo continuado e obsessivo até a sua morte em 9 de julho de 2019.
Frequentou o curso de economia que não concluiu. Frequentou as Belas Artes de Lisboa por um período curto de quatro meses, bem como alguns ateliers na Ar.Co, onde iniciou as suas experiências trabalhando o papel, não como suporte, mas como material de modulação para as suas composições e instalações. Paralelamente à sua atividade artística trabalhou na redação de várias editoras. Assumiu-se como desenhador da auto-representação e não do auto-retrato como normalmente o consideram, assumindo-se ele próprio como modelo ou como pretexto para desenhar. Dizia que os seus trabalhos retratavam ficções e não propriamente estados de espíritos.
Era destro, mas desenhava com a mão esquerda. Escolheu-a por achar que a mão direita é a mão “da habilidade”, “da censura”, “do rigor”, “do fazer bem”, ao passo que a mão esquerda é “inculta”, “ignorante”. Por ser uma pessoa dada a fazer as coisas bem feitas, e para fugir a essa racionalidade da mão direita optou por desenhar com a mão que “não sabe nada”, “com a direita não quero desenhar”, à procura da inocência do traço.
Em entrevista assumiu que não tinha jeito para desenhar e dependia da realidade para representar. Dizia Gaetan: “Não consigo desenhar de memória seja o que for. Um copo, um cão, tenho de ter qualquer coisa à minha frente para olhar”.
Inspirou-se no cinema, na literatura e na música recolhendo nestas áreas artísticas pontos de partida para os seus trabalhos ou para homenagear figuras da literatura e do cinema.
Em 1998, apresentou a exposição Cavaterra, no Museu de Arte Contemporânea do Funchal – Fortaleza de São Tiago, atual MUDAS. Museu de Arte Contemporânea da Madeira, da qual apresentou a série “Adèle H.”.

Créditos: MUDAS. Museu de Arte Contemporânea da Madeira

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