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As Coleções do Museu Etnográfico da Madeira. 
Porque a necessidade aguça o engenho, os agricultores sempre souberam criar os seus próprios utensílios, utilizando os recursos naturais proporcionados pelo meio. A cana vieira, matéria-prima muito abundante na nossa Região teve, desde sempre, uma grande utilidade na agricultura, mas também na produção de utensílios domésticos, como é o caso deste “caniço”.
Tratava-se de um travejamento de madeira, usualmente de castanho, ripado com cana vieira, o qual era colocado sobre a lareira, com o fim de secar frutos secos, nomeadamente castanhas e nozes.
Nas zonas rurais, onde abundavam estes frutos, as castanhas faziam parte da alimentação quotidiana e eram colocadas no caniço, logo após a colheita, de modo a preservar os frutos, para, como diz o povo, “não dar o bicho”.
No caniço “fumavam-se” castanhas e nozes, para serem utilizadas todo o ano, costume ainda presente em algumas freguesias da Ribeira Brava. Estas castanhas, secas e doces, eram utilizadas na alimentação quotidiana, nomeadamente nas sopas, muitas vezes o único sustento do dia.

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