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As Coleções do Museu Etnográfico da Madeira - Atividades Recoletoras. 
A caça é uma atividade que existe no arquipélago desde os tempos da colonização. A "arte de montar", ocupação de nobres e fidalgos, foi introduzida no arquipélago da Madeira, no tempo dos donatários, tendo sido criadas, na época, "coutadas" de proteção à diferentes espécies.
Nas duas ilhas, Madeira e Porto Santo, a caça assumiu, desde sempre, um papel importante, constituindo, mesmo, uma atividade complementar à atividade agrícola, no que concerne à subsistência.
Mais tarde, adquire um papel lúdico e desportivo, de ocupação dos tempos livres.
Entre as espécies cinegéticas, estavam, entre outras, a codorniz, o faisão, a galinhola, a lebre, o porco-bravo ou javali e o coelho, que existia em abundância, sendo muito caçado, antigamente, em todas as zonas agrícolas.
O processo mais comum de caça ao coelho era o de espingarda, com o auxílio de cães e furões.
Os furões são mamíferos carnívoros, da família dos mustelídeos, que eram utilizados como auxiliares nas caçadas para fazer sair os coelhos das tocas. Dotado de um corpo magro e alongado É uma enorme curiosidade natural, o furão tinha facilidade em entrar nos buracos e espantar os coelhos para fora das suas tocas.
Eram transportados até o local da caça, dentro de uma caixa cilíndrica, geralmente de cortiça ou madeira, a chamada "furoeira", especialmente confeccionada para o efeito.
Na ilha do Porto Santo, utilizavam um pequeno tronco de madeira, escavado, com uma tampa amovível, colocada numa das extremidades. Possuía vários orifícios em toda a sua superfície, permitindo que o animal respiras se ao longo do percurso. Uma asa, em tecido, permitia ao caçador transportá-lo, ao ombro.

furoeira

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