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As Coleções do Museu Etnográfico da Madeira.
Estes elementos figurativos, colocados nos extremos dos beirais e nas cumeeiras, eram popularmente conhecidos como “remates de telhado” e representam um importante testemunho da arquitetura popular madeirense.
Apresentavam um figurado variado, inspirado em animais, em figuras naturalistas ou estilizadas, ou em figuras antropomórficas, como este exemplar pertencente ao acervo do museu. Segundo alguns autores, estes elementos têm as suas raízes em superstições e presságios, sinais de cultos pagãos, que tinham como função espantar o efeito maléfico dos seres sobrenaturais, funcionando como figuras protetoras do lar e das pessoas que nele habitavam. Introduzidos na arquitetura madeirense pelos colonizadores, a sua colocação nos telhados madeirenses tornou-se uma constante nas habitações construídas em finais do século XIX e durante o Séc. XX, caindo em desuso no final do mesmo século. Esta tradição adquiriu, na Ilha da Madeira, uma maior expressão e longevidade do que no seu território de origem. Os remates de telhado eram confecionados essencialmente em barro e, inicialmente, eram modelados, à mão, pelos oleiros. Devido à sua grande procura, as olarias passaram a utilizar, mais tarde, moldes em gesso, permitindo a sua produção em série.
A última olaria a laborar na Ilha da Madeira e a produzir estes remates de telhado, foi a Antiga Olaria do Lazareto, sediada no concelho do Funchal. Alguns desses moldes, utilizados por aquela unidade fabril, fazem parte do acervo do museu.
remateso
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