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As Coleções do Museu Etnográfico da Madeira. Comércio tradicional: Material de escritório. 
O papel mata-borrão é um tipo de papel muito absorvente. 
Existem registos do uso de papel mata-borrão desde meados do século XV, tendo sido encontrados vestígios em alguns livros, como se estes tivessem sido esquecidos, entre as suas páginas. Segundo consta, foram utilizados para embeber e remover a tinta remanescente, das ilustrações dos manuscritos.
No século passado, a sua utilização era ainda muito comum, para absorver o excesso de tinta do papel de escrita, quando se usavam as canetas de pena e os tinteiros, evitando que o papel ficasse todo borrado. Daí a expressão "mata-borrão".
Nesse tempo, em que a escrita se fazia com canetas de aparo, com ou sem depósito incorporado para a tinta, o mata borrão evitava o seu alastramento, quando acontecia um indesejado derrame e era usado, no fim da escrita, para enxugar o excesso, que ainda não tinha secado sobre o papel.
O mata-borrão ou "enxugador", veio substituir a a areia (ou as cinzas) que fazia parte dos ancestrais conjuntos de secretária, compostos pela pena ou caneta de aparo, o tinteiro e um areeiro, peças fundamentais em qualquer escritório.
Este papel existia em folhas individuais, separadas, com dimensões diversas, muito utilizadas, em formato A5, como material escolar, numa época em que era comum o uso da chamada "caneta permanente" , ou em pequenas folhas, montadas numa peça basculante, com manípulo e, ainda, em rolo, habitualmente de formato elíptico.
A marca "Tank", assim designada, segundo consta, por lembrar os carros bélicos (tanques) utilizados na I Guerra Mundial, foi a mais conhecida para este tipo de rolo de papel enxugador de tinta, generalizando-se o nome a outros fabricantes.
Este rolo de papel mata-borrão, dessa conhecida marca, faz parte do acervo do museu.

mataborraon

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