Pedro, outrora Simão, era pescador e foi com o seu irmão André, dos primeiros Apóstolos seguidores de Jesus a responderem ao chamamento para se converterem em “pescadores de homens”, numa clara alusão à missão evangelizadora que iriam assumir e que o livro, símbolo da Nova Lei ou dos Novos Ensinamentos, representa. Jesus chamou-o Pedro, “Kèpha” palavra hebraica que significa pedra, tornando-o a pedra fundadora da Igreja e confiando-lhe as chaves do Céu. Daí que a chave que exibe na sua mão direita, seja um dos seus atributos mais frequentes e facilmente reconhecíveis. Pedro goza de alguma primazia entre os apóstolos, é um dos discípulos mais próximos de Cristo e acompanha-O em numerosos episódios da Sua vida, mostrando uma faceta bem humana: incrédulo quando instado a caminhar sobre as águas em sinal de fé; intransigente quanto se nega a que o Mestre lhe lave os pés, impulsivo quando corta a orelha a um dos soldados que vem prender Cristo, e depois fraquejando, amedrontado, quando por três vezes nega conhecê-Lo. Esta atitude, de que se arrepende amarga e profundamente, é o motivo porque geralmente surge representado com vestes, ou manto, amarelo, cor associada à mentira, à deslealdade e, portanto, à traição. O apostolado de São Pedro desenvolve-se na Palestina e na Ásia Menor, em Jerusalém é preso por Herodes sendo libertado por um anjo. Parte então para Roma, onde organiza a Igreja romana, acabando martirizado durante as perseguições de Nero. A sua morte ocorre no mesmo dia da de São Paulo e por isso os dois surgem muitas vezes associados.
Créditos: Casa- Museu Frederico de Freitas