Este tipo de cesto ou "balaio", como é popularmente designado, confecionado em cana vieira, era utilizado, antigamente, nas idas ao mercado. No século passado, era costume, quando ainda não estava vulgarizado o uso dos sacos de plástico, os habitantes da cidade do Funchal utilizarem, em seu lugar, este tipo de cesto de cana nas compras de frutas, legumes e peixe. Eram confecionados com diferentes dimensões, sendo as suas maiores medidas 800, 600, 450 e 300 mm. Os seus nomes, a começar pelo de maior porte, eram respetivamente: "marca" , "meia marca" , "cento" e "abaixo de cento" . A morfologia da cestaria em cana vieira era muito variada e adaptada, geralmente, à função a que eram destinados os cestos. Com o fim de venderem morangos, figos frescos, nêsperas e cerejas, aos passageiros dos navios em trânsito, criaram os nossos artesãos, por exemplo, um tipo de cesto, conhecido por “cesto de morangos”. Já estes “balaios” de paredes baixas, como o da imagem, serviam de contentores, para os cachos de bananas, quando eram transportados nos barcos a vapor.
As Coleções do Museu Etnográfico da Madeira
Artesanato
Créditos: Museu Etnográfico da Madeira