LogoCmadeira2020

LogoSRTC2020

PT EN

Na rubrica "um dia uma obra", deixamos algumas notas sobre a artista plástica e docente de origem madeirense Guilhermina da Luz (1947-2019).

Nasceu na Ponta do Sol em 1947, viveu mais de duas décadas em Luanda, regressando depois ao Funchal.
África, vinculou-a de uma maneira muito própria a determinadas cores, materiais e referências gráficas que vão surgindo nas suas criações, como um avivar de memórias – pictogramas obsidiantes, inscritos na pintura em tela, reproduzidos na serigrafia, ou gravadas nas esculturas em madeira e que remetem para a arte e cultura do Nordeste de Angola, como também para um alfabeto visual que instaura um espaço primevo, de simplicidade e inocência. Guilhermina recria esse alfabeto, numa transmutação muito própria, adequada à sua expressão estética e vocação narrativa. Uma espécie de origem ou espaço de diálogo de origens a que remonta de uma maneira mais forte aquando da exposição intitulada “Na Imensidão de Azul Que Não Existe”, realizada no espaço “Magnólia” em 2007. Algumas das peças expostas tinham a particularidade de serem trabalhadas na frente e no verso e de nos interpelarem criticamente face à imposição do mundo virtual sobre o natural, sobre os sentidos.
A artista desenvolveu uma actividade artística regular em paralelo com a docência no ensino superior artístico: desde 1981 até à aposentação, exerceu a sua actividade primeiro no ISAPM, depois no ISAD e subsequentes estruturas de curso integradas na Universidade da Madeira, com incidência para as cadeiras de Forma e Composição Visual, Serigrafia e Artes Plásticas. A investigação desenvolvida entre 1985 e 1993, a que denominou “A Serigrafia Artística Técnica Serigráfica ao Serviço da Criação Artística”, ficou associada a um período do seu trabalho, muito produtivo, ao nível da criação artística por processos serigráficos.

Créditos: MUDAS.Museu de Arte Contemporânea da Madeira.

guilherminadaluzmudas