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Emily Geneviève Smith nasceu a 31 de Agosto de 1817, em Paris, terceira filha da família Hanson Simpson, natural de Bath, no Sudoeste de Inglaterra. É nesta cidade inglesa que recebe a sua formação, de canto e piano, e desenvolve o gosto pelo desenho e por artefactos arqueológicos, chegando mesmo a frequentar um curso em Londres.
A 25 de Fevereiro de 1836, casa com o Reverendo Reginald Southwell Smith (1809-1895), e o jovem casal muda-se para a paróquia de Stafford, perto de Dorchester, onde o Reverendo era reitor. Tiveram doze filhos, dos quais apenas oito atingiram a idade adulta.
Por volta de 1840 a saúde do reverendo encontrava-se debilitada, apresentando sinais de uma tuberculose avançada, o que levou a família a viajar até à Madeira no contexto do Turismo Terapêutico.
No ano seguinte, a 1 de Outubro, partiram de Portsmouth a bordo do brigue Dart com destino à Ilha da Madeira, onde aportaram passados quinze dias. Com o reverendo e Emily seguiram também os seus filhos (três à data), duas empregadas e os bens necessários à sua estada prolongada na Ilha.
Os Smith viveram na Madeira durante dois anos, período durante o qual a saúde do reverendo melhorou. Quando regressaram a Inglaterra, no Outono de 1843, levaram consigo mais uma filha, Harriet, nascida em Março desse ano.
Ao longo da sua vida, Emily Smith manteve um fiel registo de acontecimentos nos seus diários, que pontualmente ilustrava com desenhos e esboços. Infelizmente, apenas os diários relativos aos anos de 1836, 1841, 1852, 1858 e 1866 chegaram até nós.
Desenhadora e aguarelista dotada, Emily fixou em apontamentos a sua vida durante a estadia na Ilha: a casa onde a família Smith residiu no Funchal (Quinta da Nora), as relações sociais estabelecidas com outras famílias inglesas aqui residentes, os acontecimentos vividos (como o naufrágio do brigue Dart, em 1842), as diversas expedições realizadas na Ilha, o contacto com as gentes locais; mas acima de tudo, Emily Smith capta nos seus desenhos a Madeira de meados de Oitocentos vista através de um olhar estrangeiro, uma terra de dramáticas paisagens e habitantes pitorescos, que ilustram o sentimento romântico que impera nos seus sketches.
O Museu Quinta das Cruzes integra no seu acervo o álbum “Sketches by Emily Geneviève Smith” com o número de inventário n.º MQC 1084 que contém 98 desenhos e aguarelas, alguns assinados pela artista e que refletem a paisagem, a fauna, flora e costumes da Ilha da Madeira no século XIX.
O álbum, adquirido em 1952, apresenta uma capa com encadernação em cartão forrado a tecido e aplicações de couro, na frente, lombada e cantos, e gravações douradas na frente e lombada. Na frente, aplicação em couro com gravações douradas com a inscrição: "SKETCHES/BY/EMILY GENEVIEVE SMITH.", inserida em moldura retangular decorada com motivos lanceolados entrelaçados.
A lombada também apresenta gravações douradas que formam decoração de cartelas.

Créditos: Museu Quinta das Cruzes.

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