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O fabrico de pequenas figuras de barro constituiu uma atividade onde se revelaram alguns artistas, muitas vezes desconhecidos, que produziam peças para ornamentação dos tradicionais presépios madeirenses, as "lapinhas", modelando interessantes exemplares, que compunham o relato místico e profano dos presépios, em forma de rochinha, que representavam a orografia da ilha da Madeira. 
Designadas genericamente de "pastorinhos", representavam figuras religiosas e cenas do quotidiano, com alusão às profissões tradicionais. 
Entre os portosantenses existiu, durante longos anos, a tradição deste tipo de figurado em barro. Aproveitando os recursos disponíveis na ilha, muitos artesãos produziam as mais variadas figuras, para recheio das "lapinhas" . Com o tempo, esta tradição foi desaparecendo. Contudo, ainda existiam barristas que, no século XX, perpetuavam esta arte, inovando. 
O autor da peça, o barrista José de Jesus Vasconcelos, seguiu a arte do seu avô, Manuel António Telo, natural do sítio da Lapeira, que  confecionava o tradicional figurado de barro para ornamentar os Presépios.
Aprendeu o ofício na sua infância e, apesar de ser outra a sua profissão de base, mais tarde, voltou a dedicar-se a esta arte.
Autodidata aperfeiçoou-se ao longo dos anos e seguindo a tradição procurou, no entanto, inovar, quer na técnica utilizada, quer na morfologia das peças. A matéria-prima, que antigamente era extraída no Porto Santo, passou a ser importada de Lisboa.
Abandonou os tradicionais "pastores" , utilizados para ornamentar os presépios tradicionais de “rochinha”, e iniciou a confeção de um figurado com caraterísticas mais modernas, criando figuras como o "Deus Baco" , a "Senhora do Ó", os santos populares, mas também figuras inspiradas em profissões tradicionais e reconstituições de cenas do quotidiano.

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