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Setembro é, por excelência, o mês das vindimas, o momento mais importante da faina vitivinícola. Desde o final do mês de agosto até início do mês de outubro, o meio rural anima-se com a agitação desta atividade agrícola.
Antigamente a azáfama era ainda maior, nos inúmeros vinhedos espalhados pela ilha, participando crianças, jovens e adultos, num ambiente festivo, com cantares alusivos a esta faina, sendo o lagar, o local central. Os homens munidos de podões e navalhas, cortavam os cachos e enchiam os cestos vindimos, que eram transportados até ao lagar, onde se procedia à pisa da uva, de pé descalço e calça arregaçada. Esta árdua tarefa prolongava-se pela noite dentro, regada com vinho e aguardente e era animada por cantares cadenciados, caraterísticos desta atividade agrícola.
O lagar, onde se transformavam as uvas em mosto era, portanto, um elemento imprescindível. Logo após a colonização, nem todos tinham meios para dispor de um lagar, pelo que utilizavam o do senhor, cujo usufruto implicava o pagamento de uma taxa, conhecida, na Idade Média, por taxa de lagaragem.
Tendo a ilha boas madeiras, a par das lagariças de pedra, que na verdade parecem ter sido menos usuais, difundiram-se os lagares de madeira, inicialmente escavados num tronco só, como esta peça pertencente ao acervo do museu. Designado de lagar de cocho, possuía uma vara, sem parafuso, sendo o reforço feito num prato como o da balança decimal.
Mais tarde, ter-se-á então generalizado o lagar quadrangular de madeira, designado de lagar de fuso, possuindo uma vara, geralmente de pinho e um fuso de pau branco, cuja caixa de madeira deu mais tarde lugar a uma de cimento, com maior durabilidade.
As Coleções do Museu. 
Vitivinicultura. 

Créditos: Museu Etnográfico da Madeira.

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