A Madeira como destino terapêutico.
Imagine a Europa do século XVIII, quando apenas a elite podia dar-se ao luxo de passar temporadas no campo — não por necessidade, mas simplesmente por prazer. No século XIX, esse hábito alargou-se à burguesia, que encontrou nessas estadias uma forma de descanso, recuperação e bem-estar.
Com a evolução dos transportes, viajar tornou-se mais fácil e multiplicaram-se os destinos de eleição, desde estâncias balneares a termais. Entre todos, a Madeira destacou-se cedo como refúgio terapêutico, procurado por quem buscava tratamento para doenças como a tuberculose.
Foram os ingleses os primeiros a reconhecer no clima ameno e na paisagem única da ilha aliados preciosos para a saúde. Ao longo do século XIX, a Madeira consolidou a sua fama como uma das mais prestigiadas estâncias de cura da Europa, investindo em infraestruturas médicas e de hospedagem para receber viajantes de todo o continente.
"Funchal from East. Funchal von Osten".
Litografia; Desenhador Johan Frederik Eckersberg (Norueguês, Drammen, 1822 - Sandvigen, 1870); Litógrafo desconhecido.
Impressão - Arnz & Co.; Edição Arnz & Comp.; Dusseldorf, ca. 1854-1855; Estampa publicada no álbum «VIEWS IN MADEIRA», de Johan F. Eckersberg.
Créditos: Casa-Museu Frederico de Freitas.
