Procópio de Freitas (n. Funchal,1877- f. Lisboa, 1941) e um seu colega, captado em 1889 pela Photographia Vicente. Foi oficial da Armada e político. Durante a Grande guerra (1914-1918), então com a patente de Primeiro-Tenente, defendeu a costa ao comando do rebocador NRP Minho, que estava adstrito à Estação Naval de Lagos (Algarve). Foi comandante dos Portos de Setúbal e de Angra do Heroísmo, assim como da Polícia Marítima. Foi ainda sub-inspector da Marinha e chefe do Departamento Marítimo do Sul.De índole revolucionária, participou em várias revoltas que marcaram a história militar Portuguesa. Esteve na revolta de 14 de maio de 1915, golpe de estado que visava o derrube do governo do General Pimenta de Castro e assim repor a Constituição Portuguesa de 1911, que resultou em cerca de 200 mortos e 1000 feridos. Já como Capitão-de-fragata, participou na preparação de um novo golpe de Estado, que foi bloqueado em setembro de 1921, resultando na sua detenção. Semanas depois, já livre, foi um dos líderes da revolução de 19 de Outubro, conhecida como a "Noite Sangrenta", no decurso da qual foram assassinados, entre outros, António Granjo, então presidente do Ministério, Machado Santos e José Carlos da Maia, dois dos históricos da Proclamação da República Portuguesa e o comandante Freitas da Silva, secretário do Ministro da Marinha. Como político, foi dirigente e um dos fundadores do Partido Radical (inicialmente Partido Republicano de Fomento Nacional). Procópio de Freitas teve uma posição central na revolução de 28 de maio de 1926, que veio por termo à Primeira República Portuguesa e assim abrir caminho à Ditadura Militar, que se institucionalizou como Estado Novo. Foi condecorado com a Cruz de Guerra, Grande oficial da ordem de Avis e outras honras militares.

Créditos: Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicente’s.

Photographia Vicente - 1889-12-10

8,3 x 5,4 cm | Negativo simples, vidro | Gelatina sal de prata

PT/ABM/VIC/R/001-001/000104

VIC/3448