Contam-se hoje 146 anos sobre o naufrágio do vapor britânico Soudan na baía do Funchal, diante da praça da Rainha (atual avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses).
O navio, construído apenas 5 anos antes deste desastre, pertencia à companhia African Steam Ship Company e estava ao serviço da African Royal Mail Company. Havia partido de Liverpool, em direção à Costa Oeste de África, com 45 tripulantes, 1 passageiro, correspondência e mercadorias diversas, tendo chegado à Madeira pelas 18 horas, nesse dia 2 de fevereiro de 1875. O Soudan ficou ancorado no Forte de São José, onde aguardou por 3 horas pela recolha da correspondência da Madeira. Por não ter obtido resposta do Capitão do Porto, mesmo após insistentes sinais por arma de fogo, o capitão do vapor decidiu partir para Gran Canária, onde deixaria a correspondência, para ser mais tarde entregue por outra embarcação. Ao soltar as amarras, os motores do vapor falharam e, apesar do mar estar calmo, o Soudan ficou à mercê do forte vento que se fazia sentir de Sudoeste, que o empurrou para a praia, onde veio a encalhar. Toda a tripulação desembarcou sã e salva, assim como o passageiro e os correios. Perante a irreparabilidade do navio, este foi desmantelado e vendido na Madeira por 6.666 libras esterlinas.