Assinala-se hoje a passagem pela ilha da Madeira de António Nobre (n. 1867; f. 1900), poeta portuense, autor de “Só” (Paris, 1892), uma marcante obra da poesia portuguesa do século XIX. António Nobre sofria de tuberculose e esteve na Madeira entre 3 de fevereiro de 1898 e 24 de abril de 1899, na vã tentativa de encontrar no seu clima ameno, cura para a sua doença. Sucumbiu à tuberculose pulmonar no ano seguinte, com apenas 32 anos, mas apesar da sua curta vida, influenciou grandes nomes do modernismo português, como Fernando Pessoa, e Florbela Espanca. Algumas das suas obras foram publicadas a título póstumo, de onde destacamos “Despedidas” (Porto, 1902), por conter diversos poemas escritos aquando da sua estadia na Madeira.
Créditos: Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicente's.