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No dia de hoje, há 108 anos, dava-se início à demolição da cadeia civil do Funchal, localizada então no largo da Sé (atual rua Dr. António José de Almeida).
Nessa época, o edifício que fora pertença de Guiomar Madalena de Sá Vilhena (1705-1789), influente empresária madeirense que deteve uma importante frota comercial marítima e propriedades como a Quinta das Angústias e Quinta do Palheiro Ferreiro, era considerado um ponto negro na cidade. A sua desativação era ansiada há muito, a imprensa da época indica 90 anos de clamores, por desafiar a higiene, a decência e a estética de uma zona nobre, de relevância religiosa, social e turística.
O abate da cadeia civil foi assinalado com pompa e circunstância, e, num ato simbólico, o governador civil, major Sá Cardoso, e o presidente da Junta Geral, general Daniel Soares, munidos respetivamente com uma barra de ferro e picareta, deram o primeiro golpe no topo do edifício. A demolição representou não só o início de um novo traçado urbano, como também um corte com o regime passado, num sublimar dos ideais republicanos. No coreto montado para o efeito, uma filarmónica tocou “A Portuguesa” e foram lançadas salvas de granadas e foguetes em girândolas, por entre os aplausos e vivas que os discursos oficiais suscitaram entre os muitos populares que assistiram à cerimónia.
Créditos: Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicente's

demolicaon

PERESTRELLOS PHOTOGRAPHOS
Demolição do edifício da cadeia civil do Funchal | 1913-11-29
17,8 x 23,8 cm | Negativo simples, vidro | Gelatina e sais de prata
MFM-AV, inv. PER/229
Em depósito na DRABM

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