O MFM tem vindo a dinamizar oficinas de cianotipia ao longo dos tempos, através do seu Serviço Educativo, hoje traz um exemplo de uma imagem revelada com esse processo.
A cianotipia é um dos processos fotográficos mais antigos, inventada em 1842, por John Herschel (1792-1871), e foi utilizada intensivamente ao longo do século XIX e XX. Foi popularizada por Anna Atkins (1799-1871), que produziu em 1843, o primeiro livro com ilustrações fotográficas com recurso a esta técnica. Permite uma belíssima impressão fotográfica numa tonalidade de azul da Prússia, que é de relativa fácil aplicação, devido à simplicidade do seu processo. Essencialmente, recorre a dois químicos solúveis em água, Citrato férrico de amónio e ferricianeto de potássio, que têm outras aplicações práticas, tais como: aditivo alimentar, como regulador de acidez; meio de contraste, nas imagens médicas; ingrediente para purificação de água; tingimento de têxteis; galvanização de metais (prevenção de corrosão), etc. Estes químicos também tiveram ampla utilização na reprodução de documentos, os famosos “Blueprint”.
Para exemplificar uma das aplicações práticas da cianotipia, o museu traz à luz uma fotografia do acervo que recorre a essa técnica, da coleção René Masset.

RENÉ MASSET.
Engenheiro Civil suíço, René Masset (primeiro da esquerda), acompanhado por outras pessoas não identificadas, algures na Ilha da Madeira| Entre 1885 e 1895.
11,7 x 15,7 cm| Prova em cianotipia.
MFM-AV, inv. RMA/37.
Em depósito no ABM