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Atelier dos Recusados.
Na rubrica dedicada às peças que apresentam problemas, o Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicente's, traz hoje à atenção mais um espécime do acervo que exemplifica a importância de um bom manuseio e de um adequado arquivamento. Esta imagem pertence à coleção Francisco João Barreto (1877-1934), fotógrafo amador e médico municipal na Calheta, que foi doada em 1985 pelo seu neto. Constituída por 38 negativos em vidro e uma prova, lamentavelmente chegou-nos já com sérios problemas de conservação como riscos, desbotamento, manchas, descoloração, quebras no vidro e fragmentação da emulsão.
As causas deste tipo de degradação podem advir de um conjunto alargado de variáveis, tais como exposição a variações súbitas de temperatura ou de humidade relativa, manuseamento sem luvas, mau acondicionamento e arquivamento em papeis ácidos. 
O vidro, sendo desde logo um material frágil e suscetível a quebra, deteriora porque liberta sais alcalinos para a superfície. Acresce ainda a propensão à oxidação e à delaminação da emulsão nesta técnica de gelatina e sais de prata. Este tipo de negativo deve ser conservado num invólucro apropriado, para protegê-lo contra poeira e danos de manuseio num ambiente estável e humidade entre 40% e 50%. Por essa razão, as coleções do museu encontram-se em depósito no Arquivo e Biblioteca da Madeira, onde são conservadas e classificadas, em número cada vez mais expressivo, fruto das sucessivas doações que têm sido feitas.

 [MG]

retratofrancisco n

FRANCISCO JOÃO BARRETO
Retrato de Francisco João Barreto | Anterior a 1934
8,9 x 11,9 cm | Negativo simples, vidro | Gelatina e sais de prata
MFM-AV, inv. FJB/30
Em depósito no ABM

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