D. Luís I (1838-1889), rei de Portugal e dos Algarves. Conhecido pelo cognome "O Popular", subiu ao trono após a morte inesperada do irmão, D. Pedro V, tendo reinado entre 1861 e 1889. Era o segundo filho da rainha D. Maria II e do rei D. Fernando II.
A Câmara Municipal do Funchal organizou as suas exéquias, mantendo a tradição da quebra dos escudos, prática que cessou no resto do país em 1861. A quebra dos escudos era uma cerimónia fúnebre que remonta a 1433, na qual os juízes ou vereadores, em sinal de luto, atiravam ao chão os escudos das armas do monarca falecido, que eram depois substituídos pelos escudos do seu sucessor. A cerimónia foi levada a cabo pelo vereador Francisco José Nogueira Guimarães no Largo do Colégio, pelo vereador Manuel Figueira de Chaves no Largo do Pelourinho e pelo vice-presidente da câmara, Júlio Correia Acciaioli, no Largo da Sé. 
Foi construído um mausoléu, colocado no interior da Sé do Funchal, bem como um catafalco, este posicionado na igreja de São João Evangelista.
Foram mandadas celebrar o maior número possível de missas, repicar incessantemente os sinos das igrejas durante toda a cerimónia fúnebre e ainda realizar uma procissão, que ocorreu pelo seguinte percurso: Largo do Colégio, Rua de João Tavira, Rua do Aljube, Largo de São Sebastião, Rua do Bettencourt, Rua do Phelps, Rua da Cadeia Velha, Rua Direita, Largo do Pelourinho, Calçada do Cidrão, Rua da Margem da Ribeira, Ponte e Rampa de D. Manuel, Rua dos Tanoeiros, Rua da Alfândega, Travessa dos Capelistas, Rua dos Murças e, finalmente, Largo da Sé. 
Créditos: Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicente's.

JOAQUIM AUGUSTO DE SOUSA.
Catafalco por ocasião das exéquias por morte do rei D. Luís I no interior da igreja de São João Evangelista (igreja do Colégio), Freguesia da Sé (atual Freguesia de São Pedro), Concelho do Funchal
Posterior a 1889-10-19
21,5 x 16,4 cm
Negativo em vidro, gelatina e sais de prata 
MFM-AV, inv. JAS/745
Em depósito na DRABL