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Em 1956, as freguesias do Porto da Cruz, Machico, Água de Pena, Santo da Serra e Santa Cruz foram atingidos pela violência de uma tromba de água, que provocou danos incalculáveis.
As aluviões, comparáveis às de 9 de outubro de 1803 e às de 24 de outubro de 1842, para além de seis vidas humanas, tomaram um grande número de animais que foram arrastados para o mar. O grande caudal de água destruiu estradas e pontes, impossibilitando não só a fuga da população, como também a chegada de socorro. Para além dos problemas de comunicação, a população ficou privada de mantimentos e de água potável, o que provocou o desespero generalizado. Os danos materiais foram de grande monta, perdendo-se imensas lavouras e várias casas que ruíram. Muitos edifícios privados e públicos foram inundados, sendo que, em alguns casos o fluxo de água levou a mobília que os equipava.
As imagens que aqui publicadas foram captadas pelos fotógrafos Manuel e Raul Perestrelo, que as expuseram na montra do seu estúdio, dando ainda mais visibilidade à tragédia.
Esta tragédia suscitou uma onda solidária, não só entre a população, como também entre a comunicação social, empresas locais e estrangeiras, comunidade britânica residente e até mesmo turistas.
A título de exemplo, algumas referências dos donativos para esta causa:
Comunidade dos Padres Carmelitas (500 escudos); Ordem Terceira e a Confraria de Nossa Senhora do monte (1000 escudos); Cruz vermelha e Casa dos Pescadores do Funchal (roupas e mantimentos); Casa da Referta (mil escudos); Vice-cônsul britânico J. Malcolm Boileau (500 escudos); Aquila Airways (5 mil escudos) Legião Britânica no Funchal (2500 escudos); Senhor Linto, hóspede do Savoy hotel, que promoveu uma recolha nessa unidade hoteleira (2804 escudos). 
Na altura, os Professores da Academia de Música da Madeira e o Clube desportivo Nacional se predispuseram a organizar eventos com fins de beneficência para as vítimas de Santa Cruz e Machico.
Quanto ao Estado, para além da construção de pontes provisórias e da reconstrução das vias de comunicação, mandou construir 25 casas em Machico para os pescadores locais.
Créditos: Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicente's.
 
1AluviaoMachico.03.11.25
 
PERESTRELLOS PHOTOGRAPHOS
imagens dos estragos causados pela aluvião no Concelho de Machico
1956-11-03
6 x 13 cm
Negativo duplo, película, gelatina e sais de prata
MFM-AV, inv.PER/3755.1; PER/3755.2
Em depósito na DRABL
 
 
4aluviaoMachico.03.11.25
 
Estragos causados pela aluvião no sítio da Banda de Além, Freguesia e Concelho de Machico
6,4 x 6,1 cm
película, gelatina e sais de prata
MFM-AV, inv.PER/3752
Em depósito na DRABL
 
3aluviaoMachico.03.11.25
 
Estragos causados pela aluvião na ponte que liga a Freguesia de Machico à Freguesia do Caniçal, Concelho de Machico
6,8 x 6,1 cm
película, gelatina e sais de prata
MFM-AV, inv.PER/3753
Em depósito na DRABL
 
5aluviaoMachico.03.11.25
 
Estragos causados pela aluvião, no sítio da Banda de Além, Freguesia e Concelho de Machico
6,2 x 6,1 cm
película, gelatina e sais de prata
MFM-AV, inv.PER/3754
Em depósito na DRABL
 
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