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As romarias distinguem-se das outras festas religiosas pelo caráter de peregrinação, do percurso efetuado pelos fiéis, os “romeiros”, até ao local do santuário onde se celebra a festa, antigamente a pé, por caminhos íngremes e atalhos, munidos de um bordão, símbolo que os identificava.
Pelo caminho costumavam compor os “raminhos das romarias”, com flores frescas que os romeiros encontravam pelo caminho e colocavam ao peito ou no chapéu. Chegando à igreja, era tradição beijar e roçar os ramos no “santo festeiro”. Estas plantas eram guardadas, porque, devido ao contato, acreditavam que se tornavam bentas, simbolizando a aceitação do seu poder milagroso.
Em dias de tempestade eram colocados num recipiente a arder e as cinzas eram lançadas ao vento, a fim de aplacar a tempestade.
Também se acreditava que livravam de “maleitas” (doenças) e atraíam a fertilidade e a maternidade.
Existiam outro tipo de “raminhos da romaria”, feitos com flores secas (perpétuas silvestres, alecrim de Nossa Senhora, murta, buxo, manjericão etc.), que eram vendidos nos arraiais. Alguns eram tingidos com corantes naturais e levavam uma espécie de fio entre as flores, feito de âmago dos juncos, que nascem nas ribeiras. Depois de adquiridos, os fiéis roçavam-nos no santo para se tornarem bentos e os rapazes costumavam oferecê-los às noivas ou colocavam-nos no oratório.
Créditos: Museu Etnográfico da Madeira

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