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A cestaria em cana é muito conhecida no nosso arquipélago. Até o século XX, quando ainda não estava vulgarizado o uso dos sacos de plástico, era costume os habitantes da cidade do Funchal utilizarem, em seu lugar, nas compras do mercado das frutas, legumes e peixe, um tipo de cesto de cana, mais conhecido por “balaio”.
Estes balaios eram de dimensões distintas e possuíam diferentes designações. A começar pelo de maiores dimensões: "Marca", "Meia Marca" , "Cento" e "Abaixo de cento".
A cestaria em cana vieira possuía, aliás, uma morfologia variada, produzindo-se cestos utilitários, que serviam para diferentes fins, nomeadamente para ir às compras, para transportar banana, para vender morangos ou figos, nos navios que passavam no porto do Funchal, ou para transportar o almoço, entre tantas outras funções.
Os artesãos que confecionavam este tipo de cestaria no concelho do Funchal, estavam, na sua maioria, situados na freguesia de Santo António.
O antigo “Mercado de D. Pedro V” e, posteriormente, o Mercado dos Lavradores, eram abastecidos, semanalmente, aos milhares. Quem, no século passado, fosse à missa das cinco horas da manhã, já encontraria, pelas ruas, estes vendedores de “balaios", transportando-os em grandes quantidades, metidos uns nos outros e enfiados e amarrados numa comprida e grossa vara de madeira, colocada ao ombro.
Créditos: Museu Etnográfico da Madeira
 
profissaobalaios
 
FOTOGRAFIA:
Artesão Aníbal Gomes Aguiar, residente no Sítio da Ladeira, freguesia de Santo António, a carregar os “balaios” para o Mercado dos Lavradores, de madrugada. Fotografia: Agostinho Vasconcelos, Funchal, 1984.
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