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Um dos brinquedos tradicionais mais comum, construído na nossa Região, é a chamada joeira. Evocações da infância de muitos de nós, faziam parte do quotidiano madeirense, rural ou citadino, cruzando os nossos céus, especialmente nos meses de Verão e quando o vento estava “de feição”. Brincadeira de miúdos, as construções destes artefactos exigem, no entanto, uma técnica precisa e muita imaginação.
Nas ilhas da Madeira e do Porto Santo, o nome joeira é comum a todos os artefactos voadores, mais pesados que o ar, mas que, uma vez impelidos pelo vento, são manobrados a partir do solo. Um “barbante” (cordel) serve de ligação entre o objeto e o “alteador”, ou seja, a pessoa que manobra a joeira.
A origem da sua designação pode dever-se ao facto de o desenho da estrutura ser semelhante à de um utensílio, com o mesmo nome, utilizado nas eiras para separar o trigo do joio.
As suas estruturas são construídas com cana vieira ou cana de roca, matéria-prima muito abundante no nosso arquipélago e são forradas com papel de seda, de várias cores, o chamado “papel de joeira”. Possuem, ainda, um “rabo”, feito com pequenos retalhos de tecidos, que são amarrados ao longo do cordel.
Estes objetos, consoante a sua estrutura e o seu desenho, adquirem diferentes designações, nomeadamente, “papagaio”, “bacalhau”, “joeira”, “roda”, “avião” ou “estrela”.
FOTOGRAFIA: MFM-AV, em depósito no ABM, JAS/1433 (Pormenor).

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