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Os produtos resultantes da pecuária, agricultura e pesca, circulavam do campo para a cidade, e dentro da própria cidade surgindo, deste modo, vendedores ambulantes, ou seja, os indivíduos que os transportavam e vendiam pelas ruas.
Além dos vendedores de produtos frescos, existiam os adelos que, pela cidade e pelo campo, vendiam quinquilharias, peças de vestuário, tecidos e joias, fornecidos pelos comerciantes, os "bomboteiros", que vendiam artefactos regionais aos turistas e os vendedores de líquidos (azeite, vinagre e petróleo).
Os vendedores ambulantes colocavam os seus produtos em cestas, tabuleiros, caixas ou trouxas, transportados ao ombro, à cabeça e a braços. Quando a carga era pesada, transportavam-na com o auxílio de veículos, puxados por animais, tais como a “corça” e a “carroça” ou “a dorso”. Após o desenvolvimento das vias de comunicação e devido às exigências de mercado, estes transportes foram substituídos pelos automóveis.
Alguns usavam cornetas ou assobios, para assinalar a sua passagem pelas ruas, ou batiam nas portas, apregoando os seus produtos.
Entre outros, podem referir-se os leiteiros, os vendedores de peixe, de galinhas, de ovos, de castanhas, de pão, de hortaliça, de ervas, de flores, os aguadeiros ou os azeiteiros.
O chamado “azeiteiro”, que também vendia vinagre e, mais tarde, petróleo, transportava as vasilhas de folha (folha de flandres) e as pequenas pipas, suspensas dos braços e às costas, ou colocadas em suportes (as “cangalhas”), sobre o dorso dos animais, nomeadamente burros.
Quando possuíam um meio de transporte, como a carroça, transportavam-nos sobre a mesa do carro, podendo carregar mais vasilhas e barris. Usavam diversas medidas e funis, com os quais vertiam os líquidos, para os recipientes dos clientes, e anunciavam-se com um pregão ou fazendo uso de uma corneta.
Os “azeiteiros”, forneciam o azeite, precioso líquido, usado não só para consumo mas, também, para abastecer os tradicionais candeeiros, usados na iluminação doméstica, quando a luz elétrica, não havia, ainda, chegado às casas. Mais tarde, o petróleo substituiu o azeite. Esta profissão terá existido até meados do século XX, altura em que é proibida a venda ambulante deste líquido, a granel.
FOTOGRAFIA: “Vendedor ambulante de azeite para iluminação, 1906”, MFM-AV, em depósito no ABM, ALH/84.

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