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Joaquim Leonardo da Rocha nasceu a 6 de Novembro de 1756, filho primogénito do pintor Joaquim Manuel da Rocha. Aos 25 anos matriculou-se, com o seu irmão João Francisco da Rocha, na Aula Pública de Desenho onde o seu pai era professor.
Distinguiu-se como pintor e gravador a água-forte, tendo sido também igualmente dedicado à música (foi um distinto tocador de cravo) e à literatura.
Em 1783 partiu para a China na companhia do então eleito bispo de Pequim D. Alexandre de Gouveia - Leonardo da Rocha assinara contrato com o Governo da rainha para exercer o magistério referente à sua profissão, na corte chinesa.
Havendo embarcado com o novo bispo de Pequim, o pintor chegou a Macau, seguindo pouco depois para Cantão, onde se recusa a sair do barco por arrependimento da empresa que tomara. Como resultado, regressa a Macau, onde é detido e enviado para Lisboa, preso às ordens da rainha.
Em Lisboa, é recebido com valimento pelos marqueses de Alorna, que já haviam patrocinado a sua atribulada viagem ao Oriente, e pouco depois casa com D. Eusébia Bárbara Valadas. Em 1808, pela segunda vez, Leonardo da Rocha parte de novo em viagem, desta vez para a Madeira de onde já não mais irá voltar.
A sua estada na ilha fez despertar o interesse, por parte de alguns notáveis madeirenses, na criação de uma Aula de Desenho e Pintura na cidade do Funchal, propondo para a sua regência o pintor Joaquim Leonardo da Rocha, o que acabou por se concretizar por carta régia de 17 de Julho de 1809. No exercício das suas funções o pintor escreveu um opúsculo de natureza didática intitulado Medidas gerais do corpo humano arranjadas em diálogo, e método fácil para uso da real aula de desenho e pintura da ilha da Madeira em 1810, que foi publicado em Lisboa no ano de 1813.
A longa permanência de Leonardo da Rocha no Funchal é a fase menos conhecida da sua biografia; a par dos diversos retratos que atestam a sua presença na Madeira, pouco se sabe sobre a vivência do autor, restando-nos a indicação da sua morada na Rua de Santa Maria de acordo com o termo de óbito que declara a sua morte a 8 de Maio de 1825.
Da obra de Joaquim Leonardo da Rocha encontram-se no Museu Quinta das Cruzes quatro exemplares: o Retrato de D. João VI, o Retrato de Manuel Serrão; o Retrato do Brigadeiro Jorge Frederico Lecor e a Vista do Forte do Ilhéu (Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição do Ilhéu da Pontinha), único registo paisagístico conhecido do retratista.

Créditos: Museu Quinta das Cruzes.

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