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O ioiô é um dos mais antigos brinquedos de malabarismo. Geralmente, consiste em dois discos, unidos por um eixo central e um cordão, enrolado em torno do eixo. Ao deixar cair o ioiô, mantendo segura a ponta do cordão, o ioiô sobe, com o impulso, e a corda enrola-se, para voltar a cair e subir. Portanto, é um movimento contínuo até que termine o impulso inicial.
Embora a sua origem se associe à Grécia ou à China, existindo mesmo registos e ilustrações, que testemunham a existência deste brinquedo na Grécia, feito em madeira, ferro ou terracota, o ioiô, na sua forma atual, parece ter nascido nas Filipinas, onde é, até hoje, um brinquedo muito popular. Mas terá sido só em 1928, que o ioiô popularizou-se no resto do mundo, quando um filipino, Pedro Flores, o levou para os Estados Unidos e iniciou a sua comercialização, na sua fábrica, a "Yo-Yo Manufacturing Company".
A palavra ioiô é, aliás, a derivação de uma palavra das Filipinas que significa “voltar”, com o sentido de lançar e retrair, algo similar a “vai e vem”.
Na Europa o ioiô, terá começado a ser usado, já no final do século XVIII, principalmente em França e Inglaterra. Existem testemunhos de ser utilizado, na época, entre os nobres, para ocupar os tempos de ócio e tinha, então, outros nomes: bandalore entre os britânicos e emigrette entre os franceses.
Ao longo dos tempos, a tecnologia foi alterando os ioiôs, na sua morfologia e funcionamento. Nos anos 80, surgiram os ioiôs "inteligentes", que retornavam para a mão, automaticamente, e, nos anos 90 o uso de rolamentos nos ioiôs permite uma grande evolução nas manobras realizadas.
Atualmente, estes brinquedos empregam tecnologia de ponta e a madeira e o plástico, usados durante décadas, foram substituídos por novos materiais, como aço, alumínio e policarbonato.
Contudo, o povo, criativo, soube, desde cedo, criar este tipo de artefactos lúdicos, de forma artesanal, com uma morfologia diferente, simples, mas igualmente apelativa e, funcionalmente, semelhante. Nos anos 50/60 do século XIX, era comum venderem-se, nas tradicionais feiras, os tradicionais "ioiôs", concebidos com serradura e cobertos com "papel prata" colorido (geralmente azul, vermelho ou verde), aos quais se amarrava um simples elástico de algodão, conhecidos, em diferentes pontos do país (e até no Brasil), como "bolinhas de serradura", " bolinhas de serrim" ou "bolas de elástico", como este exemplar da imagem.
Quem se lembra de brincar com estes populares ioiôs?
Hoje, ainda é possível adquiri-lo nas em algumas feiras, nomeadamente nas que se realizam, aos sábados, nas proximidades da igreja, na freguesia do Santo da Serra, concelho de Machico.
Este brinquedo, universal, apesar de ter tido quebras de popularidade, ao longo do tempo, continua a fazer sucesso, entre os mais jovens.
Créditos: Museu Etnográfico da Madeira.
 
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