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ALBUMINA, é um processo fotográfico que recorre a ovos!
A Albumina é uma proteína que prevalece no corpo humano, e que também é encontrada em alguns alimentos, como a clara do ovo e o leite. A impressão em papel albuminado foi inventada em 1850 por Louis Désiré Blanquart-Evrard (1802-1872), e veio revolucionar o processo de obtenção de provas fotográficas a partir de negativos, que até então se fazia com papel salgado.
O processo começa com a aplicação de albumina, uma solução com claras de ovo e cloreto de sódio, sobre um papel de baixa gramagem. Após a secagem, era aplicada uma solução de nitrato de prata, que, ao reagir com o cloreto de sódio, produzia cloreto de prata e tornava o suporte fotossensível. A imagem era revelada através da impressão por contacto, sendo que o negativo era prensado contra o papel e exposto à luz. As reproduções eram fixadas com tiossulfato de sódio, para evitar que as imagens se desvanecessem, sendo lavadas de seguida, para libertar o papel de químicos.
Este processo de impressão proporcionou aos fotógrafos da época uma reprodução ímpar dos seus negativos em colódio húmido, resultando numa imagem muito detalhada e bem contrastada. Apresentava tonalidades entre a púrpura e o castanho, mas com tendência a desvanecer e a amarelecer com o passar do tempo. Foi o método de eleição durante a segunda metade do século XIX e continuou a ser fabricado no século seguinte, até à década de 1930.
Detemos no nosso acervo um número assinalável de fotografias em albumina, presentes em várias das nossas coleções, das quais destacamos a Photographia Vicente, João Francisco Camacho e René Masset.
Créditos: Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicente's.
 
albuminaMFM
RENÉ MASSET
"Construction de la jetée" (Construção do cais do Funchal) | Entre 1889 e 1892.
11,9 x 16,9 cm | Prova em albumina
MFM-AV, inv. RMA/7
Em depósito no ABM
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