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No âmbito do projeto desenvolvido no Museu Etnográfico da Madeira e do qual resultou uma exposição temporária e a edição, em 2024, do livro “Arribar - Artes de cura e proteção”, o museu partilha, mensalmente, nas suas páginas das Redes Sociais, uma rubrica, sobre a medicina popular. Este mês partilha um artefacto: a cruz de alecrim ou cruz da curandeira.
Devido ao isolamento das populações e a falta de cuidados médicos, era comum o povo recorrer às curandeiras para a cura de males, tanto físicos como espirituais, tratando o doente pessoalmente, ou à distância, através de uma fotografia ou de uma peça de roupa. 
A maioria destes rituais, praticam-se de dia, aproveitando a luz do sol, para combater os causadores do mal, normalmente identificados com forças das trevas e da noite.
Nestes tratamentos, a curandeira socorre-se, sempre, de rezas, benzeduras e esconjuros, em que é invocada a intervenção divina, tornando-se, assim, a força da fé, também um meio de cura. 
Enquanto recita, empunha, na mão direita, uma cruz, feita com cinco ramos de alecrim ou nove pedaços de palma e folhas de oliveira ou com plantas, benzidas no Domingo de Ramos.
O tratamento  consiste em traçar movimentos, em cruz, sobre a zona infectada do paciente, efetuadas e repetidas, em números ímpares (três, cinco, sete ou nove). 
O povo acredita que estas plantas possuem poderes para curar, proteger e exorcizar. Depois de usadas nas curas, podem ser lançadas na água corrente, no mar ou numa encruzilhada.
 
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