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No âmbito do projeto desenvolvido no Museu Etnográfico da Madeira e do qual resultou uma exposição temporária e a edição, em 2019, do livro “Festas e Romarias da Madeira” (o Nº3 da nossa coleção “Cadernos de Campo”, premiada com o Prémio APOM 2019, na categoria de Investigação), o museu decidiu partilhar, nas páginas das Redes Sociais, diferentes álbuns, com imagens que fazem parte dessa obra.
Em 2020 partilhámos várias festas, de todos os concelhos, procurando assinalar alguns aspetos que as caraterizavam. No início deste ano, divulgámos alguns artefactos, relacionados com os rituais profanos e religiosos. Agora iremos partilhar a gastronomia.
Esta semana, divulgamos um "dentinho" de peixe.
O "gaiado" (“Katsuwonus pelamis”) como é popularmente conhecido, é pescado com a chamada “vara de salto”, com dois a três metros de comprimento e um arame, de cerca de 1,5 metros com anzol.
Pode ser consumido fresco, ou salgado e seco ao sol, porque se conserva mais facilmente.
Os pescadores iniciam a tarefa da secagem do peixe, ainda no barco, retirando as entranhas. Para secá-lo "escalam-no", ou seja, abrem o peixe pelo lado da barriga, de modo a ficar com a forma espalmada. Dão, depois, dois golpes, ao longo da espinha central, de modo a ficar separada, e três longitudinais, para salgar melhor, ficando coberto de sal, até ao dia seguinte.
Lavam e retiram a espinha e fica a secar ao sol, pendurado pelo rabo, cerca de uma semana, nas chamadas "tameiras", esteiras de varas, sobre estacas, no calhau, ou no quintal das residências. Diariamente é virado, alternando o lado do peixe, que fica virado para o sol.
Pode ser servido como prato ou “petisco”, nas barracas dos “arraiais”, com tradições piscatórias, nomeadamente nos concelhos de Machico e de Câmara de Lobos.

gaiado

 

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