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"Atividades lúdicas" é a nova rubrica do Museu Etnográfico da Madeira, que iniciamos este mês, com a qual procuraremos divulgar, online, alguns brinquedos de produção industrial ou artesanal, mas também jogos, que foram desaparecendo do nosso quotidiano, mas que fazem parte do nosso património cultural.
A maior parte dos brinquedos e jogos, têm, na sua génese, raízes ancestrais, utilizando-se gestos e técnicas universais, encontrando-se semelhanças, até mesmo na forma, e que nos remontam para a Antiguidade, como o comprovam alguns artefactos lúdicos do Egipto, Grécia ou Roma, nomeadamente o caso da espada, do pião, dos cavalos de pau ou dos bonecos articulados, baseando-se as diferenças culturais, essencialmente, na forma de construir os brinquedos, nos materiais e no modo de jogar.
Antigamente, existiam brinquedos elaborados, produzidos industrialmente, mais comuns no meio citadino e no seio das famílias mais abastadas, e outros, muito simples, construídos na maior parte das vezes pelos pais ou avós, especialmente no seio de famílias com menos meios financeiros, que aproveitavam os recursos naturais disponíveis, e outros materiais, muitas vezes reutilizados, como madeira, arame, lata, ou restos da lã e retalhos, tecidos, na altura,nos teares tradicionais, nas unidades domésticas.
Este mês divulgamos, um brinquedo de produção industrial, do qual muito se orgulhavam as crianças do sexo masculino, o chamado "carro a pedais".
No século XX, no meio citadino, um dos brinquedos preferidos das crianças daquele sexo, eram os "carros a pedais", pois os mais novos imaginavam-se a conduzir o próprio carro, à semelhança dos seus pais.
Terão surgido em finais do século XIX, princípios do século XX e tratavam-se de brinquedos que, além de proporcionar muita diversão, também facilitavam o movimento da criança, ajudando-a a desenvolver as suas capacidades motoras.
Estes brinquedos surgem, naturalmente, com a invenção do automóvel, mas o seu preço elevado, tornava-os restritos às crianças das famílias mais abastadas, tendência que se manteve até a Grande Depressão.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a produção de automóveis de pedais foi limitada, atendendo à necessidade de metal para apoiar o esforço de guerra, ganhando, a sua produção, nova força, no pós-guerra.
Embora existissem variados modelos e marcas, estes "carros a pedais" possuíam, essencialmente, uma armação de metal resistente, rodas de borracha e pedais.
Atualmente, existem marcas que produzem réplicas, de “modelos vintage”, destes veículos movidos a energia humana.
As reproduções destes antigos brinquedos, embora muito procurados por colecionadores continuam, também, a "fazer a alegria" dos mais novos.
Segundo consta, um dos modelos mais populares destes "carros a pedais" é o Ford Mustang 1965, uma réplica da primeira edição do clássico veículo Ford.
FOTOGRAFIA: "Carro a pedais", anos 30 do séc. XX, conduzido por Fernando Teodósio Ferreira, Funchal. Col. particular
 
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