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Do Museu Etnográfico da Madeira. 
O “cavalo de pau” é um brinquedo, entre tantos outros, que transportam o mundo dos adultos para o imaginário infantil.
Feitos à semelhança daqueles animais, que eram montados pelos adultos, servindo-lhes de transporte ou como meio de tração, constituíam a delícia das crianças, que os procuravam imitar, desde cedo, recorrendo a estes simples artefactos, construídos em madeira.
Na primeira infância, as crianças usavam os chamados “cavalos de balouço”, ou seja, os pequenos cavalinhos de madeira, montados numa estrutura, que os fazia balouçar, quando as crianças lhes imprimiam movimento, ao segurar nas duas travessas, colocadas, lateralmente, na cabeça do cavalo.
Em vez do balouço, alguns possuíam uma base, com quatro rodas, permitindo aos adultos puxá-lo.
Os materiais utilizados na construção dos cavalos variavam, existindo, entre as classes mais abastadas, exemplares construídos com matérias-primas mais nobres. Existiam cavalos em feltro, com crinas e caudas de algodão, ou cavalos com pelo, à semelhança de outros animais, designados de “peluches”. Alguns possuíam sela, freio e estribos em ferro, para que o cavaleiro colocasse os pés.
Numa idade mais tardia, era comum utilizar-se um cavalo mais simples, constituído, apenas, por um pedaço de madeira ou um pau, com uma réplica de uma cabeça de cavalo, implantada na parte superior, duas travessas para colocar as mãos e um pequeno cordel, que servia de rédeas.
Este brinquedo permitia às crianças correr livremente, organizando-se grandes corridas entre a rapaziada, sendo um dos acessórios lúdicos preferidos pelas crianças, nas clássicas “guerras de índios e cowboys”.
FOTOGRAFIA: “Retrato de Tristão Henrique B. Câmara com um cavalo de brincar”, MFM--AV, em depósito no ABM, JAS/1086

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