O Museu criou, há alguns anos, uma Horta Pedagógica e um Jardim de Ervas Aromáticas e Medicinais, no espaço exterior do museu, rentabilizando aquela área e proporcionando ao público uma oferta diferente. Com o contributo de todos os nossos técnicos, que cuidam do espaço com muito carinho, poderá usufruir de alguns momentos agradáveis, ao ar livre. Naquele local, onde os Serviços Educativos desenvolvem também as suas atividades do OTL "Museu, espaço de Lazer", as crianças, jovens, ou mesmo adultos, podem apreciar os ciclos das culturas, efetuando visitas exploratória, dando-se, assim, a conhecer, de uma forma lúdica e pedagógica, alguns aspetos da vida rural. Este projeto tem, também, como objetivo, incutir o respeito pelo ambiente. Com a colaboração de toda a equipa, após a limpeza das áreas destinadas ao cultivo, plantaram-se algumas espécies, fomentando-se o espírito de equipa e cooperação e, atualmente, a nossa Horta Pedagógica é uma realidade.
Para proteger a sua saúde e o seu bem-estar, o Homem recorreu, desde sempre, a práticas associadas à Natureza, a superstições populares ou a crenças religiosas, rituais estes designados, no seu conjunto, por "medicina popular". As espécies herbáceas, classificadas como plantas medicinais, como é o caso da "quebra-pedra" , da "caninha" , da "arruda" ou da "hortelã" , existentes no nosso jardim, desempenham um papel fundamental neste tipo de tratamentos e são utilizadas nas mais variadas formas, nomeadamente em infusão, maceração, tintura, tisana, xarope, defumação ou cataplasma (emplastros). A forma mais comum é a infusão, colocando-se, para o efeito, a erva inteira, as folhas, as flores ou as raízes, num recipiente, no qual se acrescenta, depois, água a ferver. Em certos casos, a planta é triturada num "pisão" ou almofariz.
As espécies vegetais classificadas como ervas aromáticas, são as utilizadas para temperar os alimentos. É o caso, por exemplo, do "louro", da "segurelha" ou dos "orégãos", existentes no jardim do MEM, cujo uso é muito comum na gastronomia do nosso arquipélago. Outras plantas foram ainda usadas, pelo Homem, ao longo dos tempos, em diferentes práticas religiosas ou profanas e em rituais de proteção ou esconjuro e são popularmente designadas por plantas bentas, como é o caso, por exemplo, do alecrim.