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Este mês, o Museu Etnográfico da Madeira divulga as propriedades terapêuticas de uma planta: o alecrim (Rosmarinus officinalis L.).  
Devido às suas propriedades, as plantas têm sido usadas, popularmente, há milénios, como remédios, para tratar de doenças e "males".
Depois de identificada a doença, é recomendável que se compre o remédio numa loja de produtos naturais, onde um profissional indicará o tratamento adequado, as doses e o tempo de tratamento recomendado. Contudo, algumas não estão isentas de provocar efeitos secundários.
Estas plantas são empregues de várias formas. Para uso interno, o modo mais utilizado é a infusão, a decocção e a maceração e externamente, sob a forma de defumação, inalação, cataplasma, gargarejo, lavagens, compressas e aplicação direta do latex.
A infusão com folhas, caules e flor do alecrim é utilizado para combater trombose, falta de apetite, anemia, cistites, hepatites e como normalizador de perturbações digestivas e intestinais. 
Auxilia na depressão ligeira e em problemas cardíacos, pois estimula o fluxo de sangue pelo corpo e é indicado, em caso de cansaço físico e mental, aliviando as dores de cabeça causadas pelo excesso de trabalho. Combate, ainda, o Alzheimer e reforça a memória e a concentração e tonifica e fortalece o cabelo.
Para combater as aftas, deve-se mastigar uma folha de alecrim, durante cerca de três minutos.
Para o tratamento de bronquites, tosse e asma, aconselham-se vapores ou uma infusão, (quatro gramas de folhas, para uma chávena de água a ferver), após as refeições.
Um preparado das folhas maceradas, em álcool ou aguardente, serve para friccionar e aliviar dores musculares, má circulação, nevralgias e ciática. 
Uma lavagem com a infusão das suas folhas e ramos, bem quente, é usada para combater o reumatismo, estimula o couro cabeludo, torna o cabelo mais escuro e ajuda a cicatrizar feridas. A lavagem fria é usada no tratamento de hemorroidas. 
Pessoas hipertensas, com problemas cardíacos e renais e grávidas devem evitar doses elevadas do consumo desta planta, devido às suas propriedades estimulantes.
O alecrim é, também, usado em defumações e rituais de exorcismo e de proteção. Acredita-se que o cheiro do alecrim afasta os raios e perfuma as pessoas e casas, protegendo-as. 
Em ramo, possui poderes contra o mau-olhado e feitiços, sendo usado durante as rezas das curandeiras.

Ficha Técnica:
Texto: César Ferreira
Ilustração: António Pascal 
Grafismo: Fernando Libano
 
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