As primeiras cordas para as guitarras e outros instrumentos de corda eram feitas de tripa de animal, prática comum até o século XIX, altura em que as cordas de aço começaram a ser fabricadas em massa e a tornar-se populares.
Contudo, até início do século XX, continuou-se a usar cordas feitas de materiais orgânicos (especialmente de tripas de ovelha), tendo as cordas de nylon surgido apenas nos anos 40, daquele século.
Os instrumentos musicais utilizados no arquipélago foram, na sua maior parte, introduzidos pelos primeiros colonos. É o caso da viola de arame, da braguinha ou machete, da rabeca ou violino, da harmónica, do bombo, do reque-reque, do pandeiro ou das tréculas.
No entanto, segundo alguns autores, existem instrumentos populares que podemos considerar como caraterísticos do arquipélago da Madeira, nomeadamente as castanholas, o brinquinho e o rajão, desempenhando os cordofones um importante papel na música de tradição popular madeirense.
Precisamente pela sua popularidade, era comum serem comercializadas cordas para estes instrumentos, nas antigas mercearias, onde se comercializava de tudo um pouco, à semelhança dos atuais hipermercados.
Estas cordas (silver string), para guitarra (“Guitar”) da marca “Queen Harp”, produzidas pela H.T.L. Musical String CO., pertencem ao acervo do museu e estão expostas no espaço de exposição permanente, dedicado ao comércio tradicional. No verso da embalagem pode ler-se a seguinte frase publicitária “H.L.T The Perfect Quality String For Stringed Instruments” (H.L.T. a qualidade perfeita para instrumentos de corda).
Texto: Lídia Góes Ferreira.
Fotografia: Florêncio Pereira.
Grafismo: Fernando Libano.
